Assinalou-se há poucos dias o aniversário do grande incêndio de Pedrógão Grande com 66 vítimas mortais, mais de 250 feridos e que viria a queimar mais de 50 mil hectares de floresta, casas, empresas e explorações agrícolas nos concelhos vizinhos.
Os acontecimentos de há um ano atrás estão bem gravados na memória de todos nós. A intensidade com que todos vivemos aqueles dias não permite que se esqueça o que aconteceu: As pessoas, o sofrimento, a perda de familiares e amigos, a destruição de bens.
É por isso que não podemos de deixar de assinalar esta data. Pelo respeito que as vitimas nos merecem e para que a sua memória se não desvaneça. Compete-nos a nós estar à altura das circunstâncias para que a sua vida não tenha sido em vão. Sem aproveitamentos e honrando a sua memória porque todos somos poucos para fazer o que falta e é muito.
Se podemos assinalar alguma coisa que correu menos bem há, no entanto, outras bem positivas como a solidariedade e o voluntariado, muito dele anónimo, no apoio às populações que merece destaque.
Se o passado não se pode esquecer é importante que o futuro e a capacidade de reconstrução de toda esta região seja uma prioridade de todos, sabendo nós que a revitalização do chamado interior e a reforma florestal serão matérias que levarão o seu tempo.
Diz-se que o país mudou depois dos grandes incêndios de 2017. Em muitos aspetos sim, mas essa mudança, a existir, deve e tem de ser constante e duradoura.
A confiança de todos, políticos, instituições e população marca o primeiro aniversário da tragédia que nos assolou e marcou para sempre.
Depois de tantas interrogações, de tanto sofrimento que não esquecemos, importa aqui e agora, deixar uma palavra de esperança na reconstrução de vidas e comunidades, confiando na nossa coragem, determinação e vontade em renascer das cinzas.
Figueiró dos Vinhos, 27 de Junho de 2018
O Vereador
Luís Filipe Silva
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