Enquanto dormia...
Já há saídas do governo britânico por causa do Brexit. Esta manhã, Dominic Raab, que era o ministro para o Brexit, apresentou a sua carta de demissão. Ontem, tinha sido a vez do ministro para a Irlanda do Norte, Shailesh Vara. No Observador, já estamos a seguir a crise ao minuto num liveblog.
Às 10h30, Theresa May vai ao Parlamento explicar o acordo. A fase de perguntas e respostas vai ser violentae pode demorar até três horas.
Num dos seus artigos, o Politico usa uma frase que resume bem os problemas que Theresa May vai enfrentar: "Bruxelas está contente. Westminster está um caos". (O nosso ministro Augusto Santos Silva também acha o acordo "bastante satisfatório".)
A primeira-ministra não tem problemas apenas com os ministros e com os deputados — também tem com os eleitores. Uma primeira sondagem mostra que 45% dos britânicos querem que o Parlamento rejeite o acordo, 28% querem que apoie e 27% estão indecisos
“Este acordo é tão mau que prefiro que haja novo referendo.” Em entrevista exclusiva ao Observador, Daniel Hannan, o eurodeputado que é uma das principais figuras do Brexit, diz que o documento obtido por Theresa May faz com que a saída sem acordo seja o cenário mais provável.
Do lado da UE, deverá ser convocada uma cimeira extraordinária para 25 de novembro. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, considera que as negociações visaram "o controlo de danos".
Mas, afinal, quem são os pais deste acordo? Aqui estão os nomes deles: Sabine Weyand e Olly Robbins. Mas toda a gente os trata por “os coordenadores”. A Cátia Bruno dá mais detalhes sobre esta alemã bem disposta e implacável e sobre o funcionário público em quem May mais confia.
Mais informação importante
Já é conhecido o primeiro relatório técnico sobre o que realmente aconteceu com o avião da Air Astana que no domingo perdeu o controlo sobre a Grande Lisboa. Uma das principais conclusões é: os problemas no avião foram provocados pelos arranjos em Alverca. A Marta Leite Ferreira descodifica aquio que está escrito no relatório, para que possa perceber tudo o que está em causa.
Cá está a CP de novo: à semelhança do que tinha acontecido com o comboio para a festa do PS em agosto, a empresa deu garantias escritas de que "aceita os atrasos" para passarem dois comboios alugados à CGTP rumo à manifestação de hoje em Lisboa, onde os sindicatos querem ter 10 mil pessoas.
O ministro Matos Fernandes arranjou uma solução fantástica para quem quer pagar menos IVA na eletricidade: “Não deixo de exortar as famílias a pensarem se não podem contratar uma potência mais baixa que sirva as suas necessidades”. Está certo.
A ministra da Justiça exaltou-se ontem ao falar sobre Tancos no Parlamento. “Irrito-me, sim, senhor deputado”, disse, em resposta a um parlamentar do PSD que lhe fazia perguntas sobre o tema. E garantiu: "Quanto ao desaparecimento, sei zero! Quanto ao aparecimento, zero! Quanto à encenação, zero e mais zero!".
A economia portuguesa abrandou no terceiro trimestre. Cresceu 0,3%, depois dos 0,6% do segundo trimestre. Em termos homólogos, cresceu 2,1%, o ritmo mais lento desde a primeira metade de 2016.
Depois da vontade irreprimível do BE em ir para o Governo, o PCP diz que também não rejeita a hipóteseporque "não se põe numa mera posição de protesto". Mas, em entrevista à Renascença e ao Público, Jerónimo de Sousa avisa que a Europa pode ser um obstáculo.
Bruno de Carvalho e “Mustafá” vão conhecer hoje de manhã as suas medidas de coação. Os dois foram interrogados ontem durante a tarde.
O Ministério Público está a trabalhar em contra-relógio para terminar a investigação sobre Alcochete. Para não ter de libertar os primeiros 23 detidos, terá de deduzir acusação até 21 de novembro, o fim do prazo de prisão preventiva.
Lula da Silva foi ontem ouvido em tribunal e negou ser dono da quinta na qual teria recebido alegados benefícios ilícitos. A dada altura, a juíza que substitui Sérgio Moro advertiu-o: "O senhor está a intimidar a acusação e eu não vou permitir".
No México, dois homens foram queimados vivos pela população devido a um rumor espalhado no WhatsApp.A multidão acreditava que eles eram sequestradores de crianças.
Os nossos Especiais
O novo disco de Jorge Cruz continua a correr entre o rock e a tradição portuguesa. Antes dos Coliseus, o Miguel Branco falou com a mente que sustenta Diabo na Cruz sobre a infância na Ria de Aveiro e a falta de jeito para cantar.
A nossa Opinião
José Manuel Fernandes escreve "Albarde-se pois o burro à vontade do dono": "Salazar é que entendeu bem os portugueses. Antes sopas e descanso do que riscos, reformas e imprevistos. Não devemos pois espantar-nos por o revolucionário Louçã se ter travestido no avozinho Louçã".
Helena Garrido escreve "A política orçamental do colete-de-forças": "Os resultados orçamentais destes últimos anos têm sido um sucesso. Duradouro? Não parece. Pelo que se vai sabendo, seguimos uma política orçamental de colete-de-forças que um dia rebenta".
Paulo Tunhas escreve "As aventuras da coerência": "Até certa altura pensei que a chamada 'esquerda' era depositária da tradição de liberdade e garantia da democracia. Mas uma observação das suas reacções políticas mostra algo diferente e inquietante".
Notícias surpreendentes
Estreia hoje "Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald", o segundo filme da nova franquia criada por J.K. Rowling. Eurico de Barros acha que tem um enredo confuso e uma overdose de magia digital e dá-lhe apenas duas estrelas.
Há mais dois filmes para ver esta semana: “Viúvas”, um policial pelo realizador de "12 Anos Escravo"; e “Utoya, 22 de Julho”, sobre o massacre na ilha de Utoya.
Já abriu o restaurante mais esperado de Lisboa: o Fifty Seconds Martín Berasategui fica no topo da Torre Vasco da Gama, a 120 metros de altura. O preço médio é de 180 euros. O Diogo Lopes esteve lá e conta a experiência.
O Model 3 da Tesla já chegou a Portugal. Como pode ter um? O Alfredo Lavrador dá todos os detalhes.
Já sabe que foi lançado o Observador Premium, o novo programa de assinaturas do Observador. Pode saber aqui tudo sobre a forma de funcionamento das subscrições.
E há outra novidade: a nova revista de Lifestyle do Observadorjá está nas bancas.
Até já!
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