Há alturas da vida que é preciso que alguém se levante e grite bem alto que "O Rei vai nu".
Esta semana na sua habitual crónica - José Pacheco Pereira - escreveu esta pequena pérola que me deu um gozo tremendo pela sua oportunidade:
Eu acho muito bem que os restaurantes portugueses tenham cada vez mais estrelas Michelin e dou os parabéns aos seus cozinheiros. Mas não conto ir comer a nenhum dos seus restaurantes porque aquilo não é comida. Pode ser “arte” e “cultura” mas comida não é. Pode excitar-me o palato com sensações únicas dar-me uma “experiência” rara de sabores, mas, quando eu como, não quero ser maçado com uma explicação técnica e em linguagem cifrada do que vou comer, com muitos “sucos” e “espumas”, nem “braseado”, nem “confitado” e, muito menos, “resumido”, palavra muito verdadeira visto que de um modo geral basta uma garfada para acabar com o estético montinho de qualquer coisa muito boa e cara deitada “em sua cama” de um prato arranjado como um Pollock (Jackson).
Não defendo o "Enfarta Brutos" mas, muito menos defendo aqueles que servem os pratos "resumidos" que só podem ser observados com uma boa lupa e cujo preço se escreve com três dígitos!
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