segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Guardados Numa Gaveta Imaginária

Uma nova e delicada voz da poesia angolana

Uma imagem com captura de ecrã

Descrição gerada com confiança muito alta
Chega amanhã às livrarias Guardados Numa Gaveta Imaginária…, livro de estreia de Tchiangui Cruz, nova voz da poesia angolana. A obra editada pela Guerra e Paz, Editores, representa, segundo o escritor e poeta angolano, José Luís Mendonça, o legado poético de Viriato Clemente da Cruz e Maria Eugénia Neto.

Guardados Numa Gaveta Imaginária…  é o título do livro de estreia da poeta, tradutora e professora angolana Tchiangui Cruz, cujas raízes portuguesas, cabo-verdianas e indianas criam uma interessantíssima massala cultural, tão rica quanto a sua poesia.

Os poemas reunidos no livro foram escritos entre 2014 e 2016. A autora, Tchiangui Cruz, bebeu inspiração em situações do quotidiano, nos rituais da vida em Luanda, incluindo os da infância, e exprimem sentimentos, emoções, estados de alma de um eu lírico.

Uma poesia de natureza fragmentária, expressa por vezes em prosa e fazendo uso da chamada «licença poética», a permissão para extrapolar a norma culta da língua e aproximá-la da linguagem oral, neste caso, da fala popular luandense, denunciando o carácter fingidor da poesia.

Em paralelo à temática autobiográfica, amorosa e feminina, transversal a vários poemas, a escrita ela mesma é um dos temas, resgatando uma vontade de escrever desde a adolescência – os «poemas guardados numa gaveta» – e elaborando certa reflexão sobre o próprio acto de fazer poesia.


Leitura da poesia de Tchiangui Cruz:

José Luís Mendonça (escritor, poeta):
«Esta poesia foge muito da tendência actual de grande parte dos jovens poetas angolanos, que segue uma linha discursiva livresca ou dicionarista, em que a teoria da literatura se sobrepõe ao conhecimento lunar do acervo literário do país e de outras latitudes do planeta, fruto, também, mas não só, da fraqueza didáctica do ensino em Angola. […] Do legado poético dos precursores, Tchiangui Cruz reergue Viriato, “sinto o sol, sinto o vento / vindo de Luanda”. E nas pedras das calçadas da cidade, ela segue “os passos / de Eugénia, caminhando pelas ruas lado a lado / com o poeta, / segredando intenções, avançando com cautela, / procurando pelo bairro os estudantes / do Império.”»


Guardados Numa Gaveta Imaginária
Tchiangui Cruz
Ficção / Poesia
64 páginas · 16,5x20 · 12,00€
Nas livrarias a 15 de Novembro
Guerra e Paz, Editores


R. Conde Redondo, 8, 5.º Esq.
1150-105 Lisboa | Portugal
Tel.  (+351) 213 144 488
Tlm. (+351) 913 050 026

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