Lula da Silva foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão pela juíza Federal Gabriela Hardt — substituiu Sérgio Moro que saiu para fazer parte do novo governo de Bolsonaro —, num novo processo relacionado com a Operação Lava Jato.
O ex-presidente brasileiro foi acusado novamente por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro numa ação penal que envolve uma propriedade em Santa Bárbara, em Atibaia, num município de São Paulo, de acordo com o brasileiro Estadão.
Na sentença de Gabriela Hardt, de 360 páginas, Lula da Silva foi sentenciado por ter sido, alegadamente, subornado em 1 milhão de reais, por obras realizadas no imóvel, que, segundo o jornal brasileiro, está em nome do filho de um amigo de Lula. Ainda de acordo com o jornal brasileiro, estas foram levadas a cabo pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e pelo empresário da José Carlos Bumlai.
"É facto que a família do ex-presidente Lula era frequentadora assídua no imóvel, bem como que usufruiu dele como se dona fosse", escreveu a magistrada, na sentença, escreve a Folha de São Paulo.
Lula da Silva, que chefiou o Brasil de 2003 a 2010, encontra-se preso na sede da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril do ano passado, depois de ter sido condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e branqueamento de capitais, noutra investigação paralela da operação Lava Jato.
Nessa sentença, a primeira, um tribunal de segunda instância deu como provado que Lula da Silva recebeu um apartamento de luxo localizado numa praia de São Paulo, em troca de favores concedidos à construtora OAS, o que o ex-Presidente negou veementemente.
Os advogados de Lula da Silva pediram, em várias ocasiões e sem êxito, a libertação do antigo governante, que consideram uma vítima de "perseguição política e judicial".
Além desta condenação, Lula da Silva está ainda a responder por outros processos na justiça, a maioria deles por corrupção.
Mardremedia
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