Enquanto o partido Renamo continua a lamentar-se problemas que inquinaram o Recenseamento o partido Frelimo inscreveu o seu candidato às Presidenciais de 15 de Outubro e acelerou a campanha eleitoral para a sua reeleição. Numa semana Filipe Nyusi esteve em Sofala, Manica, Gaza, Inhambane, Maputo, Nampula e Cabo Delgado. De Ossufo Momade não há informação.
A habitual falta de transporte na capital moçambicana agravou-se na manhã desta quinta-feira (06), dezenas de autocarros dos municípios de Boane, Matola e Maputo foram retirados das suas rotas para transportarem membros do partido que acompanharam em apoteose o seu candidato na submissão da sua candidatura para um 2º mandato como Presidente de Moçambique.
“Nós temos um compromisso, temos uma responsabilidade de fazer crescer este país, de pôr Moçambique nos níveis em que merece estar, esses níveis que foram muitas vezes interrompidos por razões que não interessa muito dizer aqui, porque não faz parte do nosso estilo de trabalho justificar o insucesso ou o fracasso”, afirmou Filipe Nyusi.
O candidato prometeu “a luta renhida contra a corrupção e todo o tipo de males que dificultam o crescimento de Moçambique vai continuar, aliás não temos como, estamos no alto mar, no meio entre o ponto de partida e de chegada, então não temos outra hipótese temos que chegar”.
O ainda Presidente não tem estado acompanhado pela 1ª Dama numa semana em que esteve em Sofala (na semana passada), passou por Manica, foi a Gaza, voltou a Sofala, dirigiu-se a Inhambane, veio a Maputo de onde voltou a embarcar no avião presidencial, pago pelos moçambicanos, para mais uma acção de campanha eleitoral, desta vez na Província de Nampula, onde foi dinamizar a agricultura com o apoio do Banco Mundial, e vai terminar a semana na Província de Cabo Delgado.
“Alternativa as eleições são as eleições, a alternativa ao voto é o voto”
Do líder do maior partido de oposição nem sinal, não há informação sobre onde está, a sua última aparição foi na Cidade do Chimoio onde reuniu no passado domingo com Filipe Nyusi, e não tem agenda pública quando faltam cerca de 5 meses para as Eleições Presidenciais, Legislativas e Provinciais. Alguns dos membros mais influentes do partido Renamo estão “nas bases” a recolherem as 20 mil assinaturas necessárias para a submissão do seu candidato às Presidenciais.
Enquanto isso, em Maputo, Fernando Mazanga voltou a insistir na demissão do director-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e continua lamentar-se sobre os vícios que inquinaram o Recenseamento tendo abordado a forma pouco clara como foram adquiridas as máquinas de registo de eleitores.
“Estranhamente o director-geral do STAE optou pela separação dos Mobile ID das fontes de energia, facto que trouxe todo o drama que se verificou nas incompatibilidades entre estes”, disse Mazanga, que é um dos representantes do partido Renamo na Comissão Nacional de Eleições.
Fernando Mazanga no entanto garantiu que a Renamo vai participar nas Eleições apesar de todos os problemas do Recenseamento: “a alternativa as eleições são as eleições, a alternativa ao voto é o voto, portanto nós temos que continuar a lutar e a acreditar que os processos, mais cedo ou mais tarde, virão ao de cima tal e qual temos preconizado na maior parte das leis que tem sido corrigidas.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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