O deputado Hélder Amaral questionou esta semana a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) sobre as notícias que têm sido veiculadas que referem o encerramento do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto.
Hélder Amaral quer saber se é ou não verdade que o Aeródromo Municipal Bissaya Barreto foi encerrado pela Autoridade Nacional da Aviação Civil por falta de certificação e por falta das condições de segurança necessárias para a aterragem e levantamento de aeronaves, se a ANAC confirma que a Autarquia se atrasou no pedido de renovação do certificado do Aeródromo, se confirma que está em curso um processo de licenciamento do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto e para quando está previsto a sua conclusão, e, por último, se a ANAC confirma que estão assegurados os voos humanitários, de proteção civil, de emergência médica e de busca e salvamento.
De acordo com notícias veiculadas nos últimos dias, o Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, em Cernache, Coimbra, terá sido encerrado na quinta-feira, dia 30 de maio, pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) por falta de certificação e por falta de condições de segurança.
Segundo comunicado enviado à redação pelo CDS, alegadamente haverá problemas de comunicações na torre de controlo e na vedação do aeródromo, além da falta de manga de vento, danos causados pela passagem do furacão Leslie em outubro de 2018. Considera-se assim que, sem as comunicações bilaterais da torre de comunicação e sem a manga de vento, não estão reunidas as condições de segurança para a aterragem e levantamento de aeronaves.
Ainda segundo declarações de responsáveis da ANAC o certificado do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto caducou a 31 de maio e o pedido de revalidação não foi apresentado a tempo.
Aquando da última campanha eleitoral para as Autárquicas, o atual presidente da Câmara Municipal de Coimbra fez da transformação do aeródromo em aeroporto internacional uma das suas bandeiras.
Desistiu meses depois da sua reeleição, sendo agora conhecido o desinvestimento naquela estrutura que, apesar de não acolher voos comerciais, é fundamental para voos de emergência médica, ou de busca e salvamento.
Em reação o executivo camarário tornou público, em comunicado publicado no seu portal, que o encerramento do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto se deve a operações de desobstrução e de limpeza das faixas de segurança da pista e de requalificação da vedação, estando em curso um processo de licenciamento pela ANAC, “que classificou o assunto como prioritário”.
A autarquia garante também que estão garantidos os “voos humanitários, proteção civil, emergência médica e SAR (busca e salvamento)”.
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