sábado, 11 de abril de 2020

Dadores de sangue precisam-se para travar quebra de reservas

Dádivas caíram mais de 20% nas últimas semanas.
“Não nos podemos esquecer dos outros doentes, daqueles que continuam a precisar de sangue e de componentes sanguíneos para fazerem os seus tratamentos ou cirurgias e melhorar”. O apelo é de Helena Gonçalves, coordenadora da Área de Colheita de Sangue Total do Centro de Sangue e da Transplantação de Coimbra, e surge num momento em que as reservas de sangue continuam a diminuir, em consequência da pandemia. Em Março, as colheitas registaram quebras superiores a 20%.


A médica frisa que “não há motivos para não dar sangue”, “sempre sob a superintendência das normas emanadas pela Direcção-Geral da Saúde”, e que as acções de colheita promovidas pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) foram adaptadas aos tempos de pandemia, com reforço da segurança do protocolo e a introdução de novos requisitos.

Uma das alterações prende-se com a “medição da temperatura à entrada dos locais” de colheita, efectuada por um enfermeiro que “faz logo uma triagem”, explica Helena Gonçalves. Depois, além das perguntas habituais, o questionário feito aos potenciais dadores inclui “um reforço na pesquisa de antecedentes pessoais, nas questões relacionadas com as viagens a áreas ou regiões com surto ou transmissão comunitária activa”.

Segundo aquela médica, estão também a ser “renegociados” alguns espaços de colheita, para encontrar áreas maiores, de forma a cumprir os afastamentos necessários. Quando tal não é possível, procede- se ao cancelamento das acções.

“A nossa preocupação é garantir todas as condições de segurança, para que as dádivas continuem a ser feitas. Não podemos ficar com o peso na consciência, por estarmos tão focados no Covid-19, de esquecermos os outros doentes, nomeadamente aqueles que precisam de sangue”, afirma Helena Gonçalves.

A médica frisa que, em média, são necessárias “1000 unidades de transfusão” por dia em Portugal, número que, com a redução das cirurgias e consultas programadas, baixou agora para “600 a 700”.

“Há uma diminuição das necessidades, é um facto, mas o sangue e os componentes sanguíneos continuam a ser precisos para salvar vidas”, reforça.

Fonte: Jornal de Leiria
Por Maria Anabela Silva

Onde dar sangue na região
No site da ADASCA são disponibilizados os impressos da “declaração para efeitos de deslocação” para, em caso de necessidade, ser apresentada às forças de segurança. É ainda sugerido que, antes da deslocação, seja confirmada a realização da sessão.

As pessoas residentes em Aveiro ou arredores podem dirigir-se ao Posto Fixo da ADASCA, espaço que reúne as condições exigidas.
Os interessados podem aceder ao site http://www.adasca.pt/ onde podem encontrar informação de seu interesse.

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