O Balcão do Emigrante, uma empresa que pretende ser a "Loja do Cidadão" dos portugueses espalhados pelo mundo, vai oferecer os seus serviços aos profissionais de saúde portugueses até ao final de 2020.
Em plena pandemia provocada pela covid-19, o Balcão do Emigrante quis dar o seu contributo ao criar uma campanha destinada aos profissionais de saúde com cidadania portuguesa, que residam no estrangeiro, pondo ao dispor deste grupo os seus serviços de forma gratuita.
A campanha foi lançada através da página Facebook da empresa, na terça-feira passada, assinalando o Dia Mundial da Saúde e, segundo Mário Fonseca, diretor do Balcão do Emigrante, foram muitos os contactos que surgiram logo.
"No dia que se seguiu ao lançamento da campanha surgiram cerca de 80 contactos de profissionais de saúde a pedirem esclarecimentos sobre o tipo de serviços de que dispunhamos e outros tantos a solicitarem diretamente a nossa ajuda para casos específicos", afirmou à Lusa o responsável da empresa.
Segundo o empresário, com empresas espalhadas por cinco países (França, Luxemburgo, Bélgica, Suíça e Portugal), o objetivo da campanha é "contribuir para os que estão na linha da frente no combate contra a pandemia atual - os profissionais de saúde".
"Recentemente, fomos contactados por uma enfermeira que trabalha num setor onde lida de perto com pacientes infectados com a covid-19 que, sendo confrontada com esta realidade diária, nos questionava sobre a possibilidade de a virmos a ajudar caso fosse contaminada e não conseguisse resolver assuntos administrativos sozinha", relatou o diretor do Balcão do Emigrante, confessando que foi nesse momento que decidiu lançar esta campanha destinada aos profissionais de saúde.
"Ao deparar-nos com situações como esta, fez-nos claramente perceber que tínhamos de dar o nosso contributo, deixando os nossos interesses comerciais de lado para ajudar quem mais necessita da nossa ajuda neste momento", declarou.
O Balcão do Emigrante oferece os seus serviços, até ao final do ano, a todos os profissionais de saúde que residam no estrangeiro e que, de alguma forma, necessitem de apoio nas áreas administrativa, jurídica, financeira, fiscal, seguros e imobiliária.
"Nos casos em que sejam terceiros a prestar o serviço, abdicaremos dos nossos honorários, apelando aos nossos parceiros que também eles façam parte desta missão", disse ainda Mário Fonseca.
Questionado sobre os impactos da pandemia na atividade da empresa, o diretor do Balcão do Emigrante admitiu que houve repercussões no volume de negócio, o que obrigou a empresa a uma reestruturação das suas atividades diárias.
"A grande maioria dos nossos colaboradores estão em teletrabalho e as nossas reuniões são feitas através dos meios online disponíveis", relatou o diretor à agência Lusa, realçando que a empresa tem vindo a fazer uma grande aposta no mundo digital e que considerou ter sido "certeira" numa altura em que o teletrabalho se tornou a solução preconizada pelo Estado para fazer face ao atual surto do novo coronavírus.
Para o mundo empresarial, a situação atual é propícia a várias mudanças, nomeadamente no que se refere ao conceito de trabalho.
Na ótica do empresário, novos métodos podem emergir durante esta crise sanitária, que podem vir a ser "mais simples e económicos" e "trazer benefícios tanto para as empresas como para os seus clientes", concluiu Mário Fonseca.
O Balcão do Emigrante conta com cerca de 70 funcionários e mais de 20.000 clientes espalhados pelo mundo.
Lusa
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