O FMI indicou que a economia mundial vai contrair 3 por cento este ano devido ao impacto da covid-19. “À medida que os países impõem as quarentenas e práticas de distanciamento social necessárias para conter a pandemia, o mundo entrou num Grande Lockdown. A magnitude e a velocidade do colapso da actividade económica que se seguiu são diferentes de tudo o que já vimos”, indica o World Economic Outlook que mantém as optimistas, porém irrealistas, previsões do Governo de Filipe Nyusi. Contudo as economias dos principais parceiros comerciais vão contrair a China ficará em 1,2 por cento, a Índia em 1,9 por cento e a África do Sul terá uma recessão de 5,8 por cento.
“O mundo mudou radicalmente nos três meses desde nossa última atualização do relatório World Economic Outlook, em janeiro. Um desastre raro – uma pandemia de coronavírus – está provocando a perda trágica de um número cada vez maior de vidas. À medida que os países impõem as quarentenas e práticas de distanciamento social necessárias para conter a pandemia, o mundo entrou em um Grande Lockdown. A magnitude e a velocidade do colapso da actividade económica que se seguiu são diferentes de tudo o que já vimos”, comenta a Conselheira Económica e Diretora do Departamento de Estudos do FMI, Gita Gopinath.
O documento do Fundo Monetário Internacional (FMI) não actualiza as optimistas projecções de 2,2 por cento de Produto Interno Bruto do Governo de Filipe Nyusi feitas sem incluir o impacto real da pandemia no nosso país e principalmente no mundo.
Para Gita Gopinath, “Partindo do pressuposto de que a pandemia e as medidas de contenção necessárias cheguem ao pico no segundo trimestre na maioria dos países do mundo, e que arrefeçam no segundo semestre deste ano, na edição de Abril do World Economic Outlook projectamos que o crescimento mundial em 2020 caia para -3 por cento. É uma redução de 6,3 pontos percentuais do nosso prognóstico de Janeiro de 2020, uma correcção bastante significativa num período muito curto. Com isso, o Grande Lockdown caracteriza a mais grave recessão desde a Grande Depressão, muito pior do que a crise financeira mundial de 2009”.
A boa notícia é que dois dos principais parceiros comerciais de Moçambique irão manter um crescimento positivo, embora com reduções acentuadas, a China crescerá 1,2 por cento e a Índia 1,9 por cento.
Contudo o FMI projecta que o principal parceiro comercial do nosso país, a África do Sul, vai ter uma recessão de 5,8 por cento.
A África subsaariana terá uma recessão de 1,6 por cento. O relatório World Economic Outlook prevê o colapso económico generalizado com o produto interno bruto em recessão nos Estados Unidos da América -5,9 por cento, em toda zona Euro -7,5 por cento, no Reino Unido -6,5 por cento, na Rússia -5,5 por cento e até o Japão deverá contrair para -5,2 por cento.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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