quinta-feira, 23 de julho de 2020

Garantindo melhores condições de visitação

CÂMARA DE CASTELO DE PAIVA REALIZOU
TRABALHOS DE LIMPEZA NA ILHA DO CASTELO

Município de Castelo de Paiva concretizou, recentemente, uma acção de limpeza na Ilha dos Amores, também conhecida como Ilha do Castelo, localizada no Rio Douro, num local idílico junto à foz do Rio Paiva, procurando garantir melhores condições a quem, neste tempo de Verão, visita este fantástico e atractivo lugar.

Na confluência do Rio Paiva com o Douro, onde se avista três concelhos e três distritos, localiza-se esta encantadora ilhota, em frente à zona ribeirinha do Castelo, freguesia de Fornos, onde tempos atras foi descoberta a estrutura de uma antiga Ermida do Séc. XV. Este é espaço fantástico, que desperta os jovens para a prática de desportos náuticos ou mesmo para um animado acampamento em período estival.  

A ilha tem um enorme potencial turístico que importa ser constantemente valorizado, conforme evidencia a vereadora Paula Melo, responsável pelo Pelouro do Turismo da autarquia paivense, mostrando-se orgulhosa pela atractividade deste local único, complementado por infraestruturas que tornam mais agradável a frequência do local, estando equipada com ancoradouro para pequenas embarcações de recreio e mesas para apeteciveis piqueniques, tendo a autarquia paivense procedido ao enrocamento da ilha para proteger este pequeno território da erosão, provocada pela frequência de ondas formadas pela passagem de grandes embarcações turísticas e pelo movimento de subida e descida no nível da água.
Quando este local ainda era acessível a partir da margem direita do Rio Paiva, realizava-se aqui, desde o século XVIII, a Feira de S. Miguel, mas actualmente só se consegue chegar à ilha de barco, o que a torna ainda mais atractiva. Existem também vestígios de uma torre defensiva do Século XII, podendo observar esses vestígios no penedo que se encontra a maior altitude da ilha, atrás de buracos de poste que serviriam para assentar a estrutura da torre de vigia.

Formada por blocos de granito e por sedimentos, como areias e seixos que aqui se foram acumulando, a sua flora é rica e diversificada, com espécies como o pinheiro, o carvalho, a oliveira, o sobreiro, o loureiro, o marmeleiro, o amieiro, a murta, o lódão e o trovisco. Diversos achados arqueológicos do período neolítico/calcolítico comprovam a ocupação deste local desde tempos pré-históricos, e nos tempos do Império Romano a sua situação geográfica foi estrategicamente aproveitada para a instalação de um porto. No século XII foi aqui construída uma torre defensiva e, no século XV, uma Ermida dedicada a S. Pedro, da qual restam ainda alguns vestígios. Um local a visitar, e que merece que se continue a preservar.

     Carlos Oliveira

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