As Jornadas Europeias do Património (JEP) realizam-se entre hoje e domingo sob o tema "Património e Educação", com mais de 800 propostas de atividades em Portugal, todas com preocupação de segurança sanitária, e muitas a decorrerem 'online'.
O público poderá realizar visitas orientadas no espaço físico ou virtual em mais de três centenas de entidades, envolvendo 127 concelhos em Portugal continental e ilhas, atravessando todo o território, do distrito de Viana do Castelo ao de Faro, do Funchal, na Madeira, a Ponta Delgada, nos Açores.
As 800 iniciativas previstas resultam de uma resposta de entidades públicas e privadas ao apelo lançado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), entidade coordenadora das JEP a nível nacional, e que terão, na sua maioria, entrada gratuita nos três dias.
Todas as atividades presenciais, segundo a DGPC, cumprem as medidas de segurança e as normas definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), desde 300 visitas, guiadas e livres, 45 espetáculos, 45 exposições, 67 oficinas e 34 conferências.
Devido à pandemia de covid-19, em 2020 as JEP distinguem-se por uma oferta "sem precedentes de eventos 'online'", que inclui 82 visitas e exposições virtuais, 56 apresentações e 57 filmes, segundo a mesma fonte.
No caso dos museus, palácios e monumentos sob tutela da DGPC, a gratuitidade aplica-se da seguinte forma: hoje e no sábado, aos visitantes que participem nas atividades programadas no âmbito das JEP, e no domingo, a todos os visitantes.
Iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da Comissão Europeia, as JEP são consideradas o evento cultural mais amplamente celebrado e partilhado pelos cidadãos da Europa, com mais de 70 mil eventos organizados todos os anos visando sensibilizar a sociedade para a importância do envolvimento de todos na proteção e valorização do Património Cultural.
O tema deste ano das JEP - "Património e Educação" - visa destacar "a riqueza e complexidade" da relação entre ambos, através de múltiplas expressões, da literatura e das artes, aos monumentos, aos museus, aos sítios arqueológicos e às paisagens, como indica a DGPC.
Entre as entidades envolvidas estão o Museu Monográfico de Conímbriga, que propõe a "Festa do Mosaico", e o Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, que oferece a mostra "Para que o céu não nos caia em cima da cabeça", sobre "conteúdos identitários, culturais e patrimoniais, presentes nas [suas] coleções".
"A Criança em Roma: Educação e Lazer", do Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, é outra proposta 'online', que parte da "variedade e riqueza dos testemunhos arqueológicos e iconográficos" existentes, para "uma aproximação" à história da vida quotidiana da época.
O Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, a Mina do Lousal, em Grândola, a Porta do Relógio, no Redondo, e o edifício da Faculdade de Engenharia da Universidade da Beira Interior, antiga fábrica de lanifícios da Covilhã, são outras propostas de visita 'online', assim como a Rota do Românico, a partir de Marco de Canavezes, o Museu de Lamas, em Santa Maria de Lamas, Aveiro, o Portugal dos Pequenitos, em Coimbra, e a Rota Turística do Abade João, de Penacova à Figueira da Foz.
Entre as propostas já inscritas, encontra-se a abertura ao público da Casa-Museu Fernando de Castro, no Porto, administrada pelo Museu Nacional de Soares dos Reis, que promoverá visitas orientadas ao local da Rua de Costa Cabral.
Em Viana do Castelo, o centenário de nascimento do escritor Ruben A. (1920-1975) é assinalado com uma visita à sua casa no Carreço. A iniciativa parte do Centro de Estudos Regionais, e realiza-se no dia 26, quando passam 45 anos sobre a morte do autor de "A Torre da Barbela" e "O Mundo à Minha Procura".
As iniciativas das JEP, em atualização permanente, podem ser consultadas na página:
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