segunda-feira, 3 de maio de 2021

A DGS CONFUNDE-NOS

 

O primeiro-ministro tem afirmado repetidamente que vamos seguir a opinião técnica sobre as vacinas contra a COVID-19. Tem repetido que vamos seguir as orientações das autoridades de saúde, dos técnicos.

Creio que todos percebemos bem a decisão do governo. O que as autoridades de saúde decidirem, devemos seguir e confiar. Aliás, como tem dito António Costa, não somos especialistas em vacinas e, por isso, devemos seguir a orientação dos técnicos. Acho que posso dizer que temos estado alinhados com esta recomendação do chefe do governo. E nisso confiamos.

É por isto que não entendo a decisão que nos foi comunicada agora pela Direção Geral da Saúde. “A DGS deixa a decisão sobre a segunda dose nas mãos dos cidadãos.” Li bem? Agora dizem-nos que temos que ser nós a decidir se tomamos a vacina? “Nós”, cidadãos comuns que nada percebemos de vacinas, de doenças, muito menos saberemos qual a vacina que devemos tomar! Nós só devíamos ter uma decisão a tomar: confiar ou não na nossa autoridade de saúde! Não temos a quem mais recorrer para saber que vacina devemos tomar e quando! A DGS diz-nos agora que teremos que saber e decidir!?! Temos que ser médicos de nós próprios?! Quase parece que nos está a recomendar a automedicação! Estou a exagerar ou isto é mau demais para ser verdade?! Eu não tenho conhecimento técnico para decidir que vacina devo tomar, ou quando! Não tenho que saber! Para isso há os médicos, os técnicos de saúde!

Valha-nos Deus! Porque os ‘deuses’ devem estar loucos!

EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional


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