Mais de 40 pessoas que participavam no fim de semana numa festa particular em Albufeira, interrompida pela GNR porque violava as regras de controlo da pandemia de covid-19, foram constituídas arguidas, anunciou a corporação.
Em comunicado, a GNR informa que o Comando Territorial de Faro terminou no passado sábado uma festa que decorria numa moradia em Albufeira, violando as medidas em vigor para a contenção da pandemia de covid-19 no concelho, e onde estavam 43 pessoas, com idades entre os 20 e os 30 anos.
“Na sequência de várias publicações nas redes sociais a anunciar este evento, os militares da Guarda, após diligências policiais, localizaram o local em concreto, tendo apurado que se tratava de uma festa, sendo audível a emissão de som proveniente da moradia”, acrescenta a GNR.
Após dar a ordem para terminar a festa, a GNR apreendeu na moradia uma mesa de mistura de som, várias colunas, um computador portátil, um ‘tablet’, dois telemóveis, dois discos externos, 19 garrafas de bebidas alcoólicas, 12 bebidas energéticas, 13 doses de haxixe, uma dose de liamba e cerca de 25 doses de MDMA.
No total, foram identificadas e constituídas arguidas 43 pessoas.
Os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Albufeira, acrescenta a GNR, adiantando que a ação do Subdestacamento Territorial de Albufeira contou com o reforço do Grupo de Intervenção e Ordem Pública (GIOP) da Unidade de Intervenção (UI).
Albufeira foi um dos três concelhos do país, juntamente com Lisboa e Sesimbra, que recuaram no desconfinamento no fim de semana devido ao risco muito elevado de incidência de covid-19, passando a ter regras mais restritivas.
O nível de risco muito elevado de transmissibilidade de covid-19 identifica os concelhos que registem, pela segunda avaliação consecutiva, uma taxa de incidência superior a 240 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias (ou superior a 480 se forem concelhos de baixa densidade populacional).
A região do Algarve é a que apresenta o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 mais elevado no país, com 1,3, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) na sexta-feira.
A gravidade da situação epidemiológica no Algarve levou já as autoridades a decidirem suspender no fim de semana as aulas presenciais no 1.º e 2.º ciclos, passando o ensino a ser não presencial até ao final do ano letivo em Faro, Loulé, Albufeira, Olhão e São Brás de Alportel.
Lusa
Nenhum comentário:
Postar um comentário