Diretor da Agência Brasileira de Inteligência informou que o criminoso foi "morto em confronto após resistir à prisão".
O diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, órgão ligado ao Governo central do país, confirmou esta segunda-feira a morte de Lázaro Barbosa, um assassino perigoso que estava em fuga há 20 dias.
Numa publicação na rede social Twitter, Ramagem informou que o criminoso foi "morto em confronto após resistir à prisão".
Lázaro Barbosa, de 32 anos, foi localizado esta segunda-feira de manhã, em Águas Lindas de Goiás, município do estado brasileiro de Goiás, e terá resistido à prisão e acabou atingido por tiros de arma de fogo.
Considerado um "psicopata imprevisível", Lázaro Barbosa escapou diversas vezes de um cerco que envolveu 270 agentes da polícia e se estendeu por toda a zona rural entre o estado de Goiás e Brasília.
No Twitter, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, divulgou um vídeo confirmando a prisão do suspeito e uma mensagem na qual frisou que "era questão de tempo até que a polícia, a mais preparada do país, capturasse o assassino Lázaro Barbosa".
"Parabéns para as nossas forças de segurança. Vocês são motivo de muito orgulho para a nossa gente! Goiás não é Disneylândia de bandido", escreveu.
Em declarações à rede de televisão brasileira GloboNews, o governador Ronaldo Caiado foi questionado sobre se Lázaro Barbosa estava ferido ou morto, mas respondeu que ainda não tinha mais informações.
O secretário de Segurança Pública do estado de Goiás, Rodney Miranda, disse que Lázaro Barbosa atirou contra os polícias que foram capturá-lo na periferia de Águas Lindas de Goiás e que chegou a ser levado a um hospital e não resistiu aos ferimentos.
O suspeito era acusado de matar quatro pessoas na região de fronteira entre Brasília e Goiás numa extensa área rural onde terá violado uma mulher, invadido 11 fazendas e até entrou em confronto com alguns polícias.
A identidade do suspeito foi confirmada por várias testemunhas e imagens de vídeo captadas por câmaras de segurança instaladas em algumas fazendas, que registaram até o momento em que o homem atacou uma pessoa num dos assaltos.
A polícia montou postos de controlo nas estradas, entrou em florestas e patrulhou a região com dois helicópteros, mas só encontrou o suspeito uma vez e não conseguiu capturá-lo, após um tiroteio em que dois polícias ficaram feridos.
Barbosa tem um extenso cadastro criminal, que remonta a 2007, quando aos 15 anos foi preso no interior da Baía por dois assassínios.
Na altura, fugiu para Brasília, onde foi preso em 2009 e condenado por três assaltos à mão armada e duas violações.
O suspeito fugiu da prisão cinco anos depois, foi preso novamente em 2018 por dois homicídios e uma violação, mas escapou outra vez e reapareceu em abril passado, quando sequestrou e abusou sexualmente de uma mulher num bairro da periferia de Brasília.
No início de junho, o suspeito entrou violentamente numa fazenda, matou quatro pessoas, incluindo uma mulher que havia violado anteriormente, e depois deixou o seu corpo parcialmente mutilado num riacho perto do local onde a vítima morava.
Lusa
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