Por onde passam os jihadistas, não há crianças seguras e Cabo Delgado não é exceção a esta trágica realidade.
Desde 2017 que o sequestro de crianças, particularmente meninas, é prática comum na província do norte de Moçambique.
Nura e Sebastião, um casal obrigado a fugir com os filhos do terrorismo jihadista, conta como lhe roubaram a filha, Clementina: "Levaram as nossas filhas e trancaram-nas em diferentes casas. E levaram-nos a nós e trancaram-nos noutra casa. Mais tarde, regressaram e levaram as raparigas que lhes interessavam. Deixaram as mulheres dentro de casa. À noite, depois de terem levado as nossas filhas, nós fugimos. "Neste momento, o meu peito está a doer. Dói-me o coração. Estou a chorar por dentro. Sinto-me miserável"
Por onde passam os jihadistas, não há crianças seguras e Cabo Delgado não é exceção a esta trágica realidade.
Desde 2017 que o sequestro de crianças, particularmente meninas, é prática comum na província do norte de Moçambique.
Nura e Sebastião, um casal obrigado a fugir com os filhos do terrorismo jihadista, conta como lhe roubaram a filha, Clementina: "Levaram as nossas filhas e trancaram-nas em diferentes casas. E levaram-nos a nós e trancaram-nos noutra casa. Mais tarde, regressaram e levaram as raparigas que lhes interessavam. Deixaram as mulheres dentro de casa. À noite, depois de terem levado as nossas filhas, nós fugimos. "Neste momento, o meu peito está a doer. Dói-me o coração. Estou a chorar por dentro. Sinto-me miserável".
Em Cabo Delgado são muitos os pais que relatam histórias semelhantes e vivem na tristeza, desamparados. Sebastião, o pai de Clementina, sem poder fazer nada, acalenta a esperança de que ela consiga fugir.
"Não faço nada. Rezo a Deus para que proteja a minha filha. Que consiga encontrar uma maneira. Espero que consiga fugir, mas se ela não conseguir fugir, ficarei muito triste", afirma.
A mãe acrescenta: "Ela era uma boa rapariga. Ajudou-me muito. Eu preciso dela. Se ela ainda estiver viva, eu preciso dela. Ficaria orgulhosa se a minha filha pudesse casar e ter filhos, trabalhar, e ter um futuro".
Segundo a ONG britânica, Save The Children, foram raptadas nos últimos três anos e meio, - desde que começaram os ataques jihadistas - no norte de Moçambique, dezenas de crianças. A organização reconhece que os cálculos são por defeito e que os números podem ser muito superiores aos casos identificados.
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