A presidente eleita do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), Maria José Fernandes, vai tomar posse no dia 15 de setembro, pelas 15h30, numa cerimónia que terá lugar no Auditório Engº António Tavares, no Campus da instituição, em Barcelos.
Maria José Fernandes foi eleita, no dia 30 de junho, para um segundo mandato à frente dos destinos do IPCA, propondo-se dar continuidade ao trabalho desenvolvido. Para tal, apresenta-se com um plano de ação definido para o período 2021-2025.
“Transformar desafios em oportunidades”, através de “uma atuação responsável e sustentável nos vários eixos e dimensões que caracterizam a missão do IPCA, em que a valorização do capital humano é a chave central de toda a atuação”, é como Maria José Fernandes introduz o seu projeto.
“O programa de ação que proponho para 2021-2025 tem os olhos postos na agenda europeia 2030 e na orientação do desenvolvimento sustentável da sociedade, com foco em quatro dimensões essenciais que caracterizam a nossa matriz”, explica. São elas o campus sustentável, a formação de uma sociedade mais justa, igual e sustentável, a investigação, inovação e transferência de conhecimento e, ainda, a interação com a sociedade.
O primeiro mandato de Maria José Fernandes como presidente do IPCA ficou marcado pelo crescimento em, praticamente, todas as áreas. Desde logo, a instituição passou de 4100 estudantes em 2016, para mais de 5700 em 2020, significando um aumento superior a 39 por cento em menos de quatro anos, sustentado, essencialmente, no reforço da oferta ao nível de Mestrados e de Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP).
No mesmo período, verificou-se, também, um crescimento superior a 20 por cento do número de docentes a tempo integral, bem como dos docentes e investigadores com o grau de doutor ou o título de especialista que, em 2020, representam já mais de 96 por cento.
Também ao nível da estrutura de pessoal, o IPCA registou um crescimento de 50 por cento entre 2016 e 2020.
Realce, ainda, nos últimos quatro anos, para a criação e entrada de funcionamento de duas novas escolas – a Escola Superior de Hotelaria e Turismo e a Escola Técnica Superior Profissional – passando o IPCA a ter cinco escolas.
Além do aumento e diversificação da oferta formativa, que se verificou desde 2016, destacou-se o reforço da presença do IPCA na região do Cávado e do Ave, graças à abertura de instalações em Vila Nova de Famalicão. A instituição passou, assim, a estar em quatro concelhos: Barcelos, Braga, Guimarães e Famalicão.
Os bons resultados do IPCA estenderam-se à taxa de colocação de acesso aos cursos de licenciatura, que registou aumentos sucessivos, aproximando-se dos 100 por cento. Paralelamente, cresceu também – de sete para nove, entre 2016 e 2020 – o número de cursos com média igual ou superior a 14 valores.
Verificou-se, ainda, uma forte aposta na atividade de investigação, que resultou no aumento significativo da produção científica e transferência de tecnologia, do número de projetos de I&D com financiamento externo e em co-promoção com empresas e no aumento da investigação integrada em redes nacionais e internacionais, bem como na oferta de programas de doutoramento conjuntos, nomeadamente com a Universidade de Aveiro.
Uma das apostas de Maria José Fernandes no primeiro mandato foi, também, o reforço da política de internacionalização do ensino e da investigação, destacando-se a integração do IPCA na RUN-EU (Regional University Network).
Nestes primeiros quatro anos, foram ainda investidos cerca de seis milhões de euros no Campus do IPCA, destacando-se a conclusão de obras de referências como o novo edifício da Escola Superior de Tecnologia e da Biblioteca e, também, o arranque e conclusão do M-Factory Lab e do Bar do Campus.
Além disso, foram realizadas obras de requalificação no Polo de Braga e adquiridos terrenos que permitiram aumentar significativamente a área do Campus.
Maria José Fernandes é doutorada em Ciências Empresariais pela Universidade de Santiago de Compostela, ramo de Contabilidade, e agregada em Gestão pelo Instituto de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa. É, ainda, professora coordenadora principal da Escola Superior de Gestão do IPCA.
Autora de inúmeras publicações a nível nacional e internacional em revistas científicas, tem no seu currículo uma vasta lista de trabalhos de investigação académica na área da Contabilidade e Gestão Pública e dos Sistemas de Informação Contabilísticos destacando-se o Anuário Financeiro dos Municípios.. Entre 2008 e 2017, foi diretora do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade (CICF) da Escola Superior de Gestão do IPCA.
Ana Teixeira
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