As obras de requalificação do largo da Capela do Vale de Água foram inauguradas no dia 24 de outubro pelo presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Lobo, tendo a placa sido ainda descerrada pelo vice-presidente João Manso, pelo presidente da União de Freguesias de Proença-a-Nova e Peral, Jorge Cardoso, pelo padre Virgílio Martins e pela representante do Clube Pinheiro Bravo – cuja sede funciona na antiga Escola Primária, Sónia Martins. Nos discursos que se seguiram, foi destacado o Dia Mundial das Missões, que se assinala precisamente a 24 de outubro, e como se pode e deve ser missionário na sua própria comunidade. “Só não o fazemos se não quisermos”, referiu João Lobo. “A condição de termos essa missão, a missão de ser bons cidadãos, de olharmos para a comunidade de forma una, está só nas nossas mãos. Esta requalificação que fizemos aqui traduz exatamente esse espírito, naquilo que foi requalificar um espaço que, nos tempos de hoje, já não respondia à necessidade de outrora”.
Com projeto desenvolvido pelos técnicos da Câmara e executado pelos colaboradores do Município, as obras incluíram a demolição do antigo palco e bar de suporte às festas locais, a relocalização do Parque Infantil para o largo da capela, a relocalização da fonte da aldeia e do bebedouro dos animais para o largo e ainda o alcatroamento do espaço entre a antiga escola e o largo. Em curso está a requalificação da Capela, faltando ainda executar a pintura exterior, pagar a instalação elétrica e, no futuro, mudar o telhado do edifício. “Nesse espírito de comunhão havemos de arranjar forma de a Capela não estar dissonante com o resto do largo”, comprometeu-se João Lobo. O padre Virgílio Martins incentivou à união de todos no esforço em curso. “Acima de tudo, se a gente se unir e continuar a trabalhar em conjunto, chegamos longe”, afirmou. Destacando a importância do associativismo, referiu ser também esta uma missão que sofre com o problema do despovoamento. “O problema do associativismo é que não temos pessoas”. Nesse sentido, é importante valorizar o que é feito para o bem comum e para, “com zelo e brio, termos as coisas bem arranjadas”.
Depois da inauguração, teve lugar a peça de teatro “(Re)Encontro de Comunidades”, apresentada pelo Teatro à Faca e enquadrada no Beira Baixa Cultural 2.0, financiado pelo Centro2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) da União Europeia, que fez uma visita pelas memórias associadas à Escola Primária, à Capela e à Fonte, equipamentos que se encontram próximos uns dos outros. As histórias relacionadas com a tradição de oferecer um galo branco à Nossa Senhora da Piedade nos casos de promessas atendidas que envolvessem gaguez, os namoros na fonte ou a saída dos filhos da terra para outros pontos do país e do mundo foram recuperadas, envolvendo as comunidades de Vale de Água, Serimógão e Pernadas. A tarde contou ainda com um concerto de fado com João Chora (guitarra de fado e voz) e Ricardo Silva (guitarra portuguesa e voz) e terminou com um magusto, oferecido pelo Pinheiro Bravo, naquele que foi o primeiro convívio desde o início da pandemia.
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