O selecionador Nacional A, Jorge Braz, está em Proença-a-Nova para acompanhar o estágio das Seleções sub-21/Universitárias masculina e feminina. As sessões de treino do plantel masculino têm sido orientadas por Jorge Braz, em conjunto com Emídio Rodrigues, selecionador deste escalão. Jorge Braz, coordenador técnico de todas as seleções refere que este cargo faz com que tenha de “estar em todos os momentos destas seleções, sendo fundamental esta articulação e esta ligação horizontal entre toda a equipa técnica nacional, tanto masculino e feminino, para que haja esta progressão vertical entre sub-15 masculinos e sub-17 femininos até às seleções principais”. O selecionador destacou o valor de eventos como “o torneios Inter-Associações aqui também a decorrer e o estágio destas seleções universitárias. A partir daí é muito mais fácil perceber a evolução dos jogadores até chegarem ‘lá a cima’ e terem perfeitamente identificadas as dificuldades e desvantagens desse nível, temos trabalhado assim”.
Quando questionado sobre o que poderia faltar a estes jogadores, o treinador aponta para o fator experiência, ou falta dela. “Essencialmente falta-lhes experiência e oportunidades, porque existe qualidade, e eles cada vez chegam mais preparados à etapa final. Em sub-21 já são seniores, a maioria destes jogadores já atua na Liga Placard, só precisam de mais oportunidades. Agora se chegam aquele nível de exigência e intensidade já depende do trabalho e dedicação deles, mas o que tentamos é proporcionar oportunidades”, sublinhou. O selecionador principal lançou o apelo aos clubes da Liga Placard (Primeira Liga de futsal) para que se aposte mais nestes jovens: “erros vão acontecer, o que não invalida que a qualidade não esteja lá, porque há muita no jogador português. Temos de perceber os erros que estão a cometer e proporcionar-lhes oportunidades para ganharem essa experiência que dizemos que lhes falta, mas que no fundo só ganham se nós as dermos, isso é fundamental”. O treinador campeão Europeu e Mundial por Portugal lembra ainda que é necessário que os jogadores percebam o que têm que fazer do ponto de vista do seu processo de crescimento. Para nós é muito importante saber quais as preocupações que eles têm, o lado académico e pessoal deles, como preparam o futuro e esta carreira ‘dual’. Aqui há excelentes exemplos, porque todos eles, tanto masculinos como femininos, são alunos universitários, e nós vamos ajudando nisso, mantendo sempre o futsal como algo muito importante na vida deles. Aliar as duas vertentes é a melhor forma de preparar o futuro e gerir as expectativas”, relembrou.
Com o Europeu a disputar-se em janeiro, no qual Jorge Braz irá tentar defender o título conquistado pela Seleção Portuguesa na última edição, não esconde a possibilidade de haver jovens a integrar a sua convocatória: “tem havido sempre e é um processo normal, se estamos a trabalhar e a proporcionar estas oportunidades depois temos de estar atentos a essa possibilidade de integrarem a seleção A, quer no feminino quer no masculino, é para isto que servem estes momentos. Quanto às aspirações na competição o selecionador espera que Portugal possa “ir até à final, é um título nosso e queríamos muito que continuasse nosso, etapa a etapa, gostávamos muito de ter essa possibilidade. Vai ser muito difícil, mas nós gostamos de coisas difíceis e vamos tentar trazer a taça para casa. Portugal vai continuar nas decisões e a estar em fases finais com legitimas aspirações, porque há muitos jovens com muita qualidade”, concluiu.
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