Os novos utilizadores, que vão começar agora a usar os talhões atribuídos, juntam-se aos 18 outros hortelões da horta comunitária
A Câmara Municipal de Águeda entregou, ontem, cinco talhões das Hortas d’Águeda a novos hortelões que vão explorar a horta comunitária para cultivar os seus hortícolas. Estes juntam-se aos 18 utilizadores da horta localizada junto à Biblioteca Municipal Manuel Alegre (BMMA), que mantêm ativa a atividade agrícola para auto-consumo.
Este projeto municipal, que sensibiliza para a agricultura biológica e sustentável, designa-se de “Agricultura – semente de sustentabilidade” e pretende incutir nos cidadãos aguedenses o gosto por aquela atividade tradicional, promovendo o desenvolvimento de novas competências e podendo ser geradora de rendimentos para as famílias, ao mesmo tempo que promove hábitos de alimentação saudável e boas práticas agrícolas.
Os utilizadores podem usar as parcelas de terreno, propriedade da Autarquia de Águeda, para a implementação de culturas hortícolas, frutícolas, ervas aromáticas, condimentares e medicinais, de modo a melhorar a condição do agregado familiar, seja pela subsistência alimentar saudável e/ou pela geração de um rendimento extra com a comercialização dos produtos.
Os cinco talhões ficaram vagos no início no ano, tendo decorrido uma fase de candidaturas que resultou na atribuição destas parcelas agrícolas a estes cinco cidadãos, que habitam nas proximidades da horta. Os novos agricultores têm diferentes origens e idades, pelo que, neste projeto municipal, é conseguido a promoção do espírito de comunidade e de pertença, ao mesmo tempo que é fomentada a partilha de conhecimentos às gerações mais novas.
Para além de que, pelas características culturais dos cidadãos de diferentes nacionalidades que ali têm as suas parcelas agrícolas, é promovida a troca de experiências e até sementes de produtos agrícolas dos vários países.
É isso que faz uma das utilizadoras, proveniente da China. “Cultivo uns feijões compridos e outros legumes que não há cá; trouxe para semear e agora já dou as sementes aos vizinhos”, disse, com orgulho.
Outra utilizadora, da Moldávia, trouxe a filha para assinar o contrato com a Câmara de Águeda. “Já tive uma parcela há uns anos, antes dela nascer, mas tive de desistir quando engravidei; agora volto a ter este terreno para cultivar os nossos legumes”, declarou.
“Vai ser uma aventura”, disse um dos novos hortelões, de 28 anos, que pretende usar o terreno para cultivar os produtos hortícolas e assim “começar a comer melhor” e para incutir na filha pequena a importância da agricultura e de comer de uma forma saudável.
Cada talhão possui uma área com cerca de 40 metros quadrados, acesso a um ponto de água comum, um compostor comunitário e um abrigo partilhado para o armazenamento das alfaias agrícolas.
Ontem, aos novos utilizadores, foi entregue a chave do abrigo, bem como algumas plantas: alecrim, alface, cebola, hortã-pimenta, malagueta e framboesa.
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