sexta-feira, 29 de abril de 2022

Rendas máximas no programa Porta 65 podem duplicar em algumas cidades

As rendas máximas admitidas no programa de apoio ao arrendamento Porta 65 vão ser atualizadas. Dependendo da tipologia das casas, pode passar a ser praticamente o dobro em algumas cidades.
A renda máxima admitida no Porta 65, um sistema de apoio ao arrendamento destinado a jovens até aos 35 anos, a quem é atribuída uma percentagem do valor da renda, como subvenção mensal, vai passar para quase o dobro em algumas cidades, incluindo em Lisboa e no Porto. A notícia é avançada esta quinta-feira pelo jornal Público.Os cálculos feitos pela publicação para cada um dos 308 concelhos portugueses mostram que é nas cidades mais caras para arrendar casa que a atualização dos limites será mais expressiva.
No Porto, de 468 euros, a renda máxima permitida pelo Porta 65 para um T1 vai aumentar para 775 euros, uma subida de 65%. Já num T3, a atualização é de 106%, passando de 581 euros para um máximo de 1200 euros.
Já em Lisboa, o destaque vai para as casas de maiores dimensões. Será permitido um T5 com uma renda máxima de 1700 euros, um aumento superior a 95% em relação ao atual valor de 869 euros. Já a renda máxima de um T3 dispara 82%, de 756 euros para 1375 euros, enquanto num T1 a percentagem será de 55%, de 581 euros para 900 euros.
Em vários concelhos do Algarve, uma das regiões mais caras do país para arrendar casa, as atualizações também serão significativas. É o caso de Albufeira, Castro Marim, Lagos, Loulé e Tavira, onde a renda máxima prevista para um T3 vai aumentar em quase 90%, de 490 euros para 925 euros.
Com a entrada em vigor do Orçamento do Estado 2022, a partir do segundo semestre deste ano, dois critérios de candidatura ao Porta 65 vão também mudar. Os candidatos ao Porta 65 passam a ser elegíveis para receber este apoio mesmo que ainda não sejam titulares de um contrato de arrendamento. Ao mesmo tempo, passam a ser considerados os limites previstos no Programa de Arrendamento Acessível.

Madremedia

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