A última sessão da 5ª edição do JAZZ NAS ADEGAS, terá lugar no dia 28 de maio, pelas 17h00, na Fortaleza de Armação de Pêra, com a atuação do grupo MISS MANOUCHE.
O cartão de visita de MISS MANOUCHE são o ritmo swing dos anos 20/30, a paixão fogosa do gypsy jazz e a incontornável gura de Django Reinhardt.
Interpretando os êxitos vocais dos primeiros dias da rádio no estilo swing manouche, os Miss Manouche apresentam um espetáculo repleto de ritmos quentes e dançáveis aos quais é impossível ficar indiferente. A banda é composta por Luís Bastos (Clarinete e Voz), João San Payo (Baixo e Voz), Ian Mucznik (Voz e Guitarra) e Alcides Miranda (Guitarra).
A Fortaleza de Armação de Pêra será o palco da sessão de encerramento do Jazz nas Adegas, tendo como cenário de fundo o magnífico Oceano Atlântico, para um fim de tarde sublime.
Nesta última sessão estarão presentes todos os produtores associados aos VINHOS DE SILVES, nomeadamente: Quinta do Barradas, Quinta do Barranco Longo, Quinta do Francês, Convento do Paraíso, Quinta da Malaca, Herdade Barranco do Vale, Paxá Wines, Cabrita Wines, Quinta dos Vales e Quinta João Clara. Deste modo, quem participar nesta última sessão, poderá degustar o que de melhor se produz em termos vitivinícolas no concelho e na região.
Recordamos que este consagrado evento organizado pelo Município de Silves, conta com a parceria dos Produtores de Vinhos de Silves aderentes, do Agrupamento de Escolas Silves Sul e da Associação Barmen do Algarve.
Os ingressos têm um custo associado de 15 euros, incluindo para além do concerto, prova de vinhos do produtor, degustação de tapas de produtos locais, voucher de visita ao Castelo e Museu Municipal de Arqueologia e a oferta de um copo de vinho personalizado.
Os bilhetes encontram-se à venda na plataforma BOL em: https://cmsilves.bol.pt/ ou num dos seguintes locais: FNAC, Worten, El Corte Inglés, CTT Correios.
O evento destina-se a maiores de 18 anos.
+ Info: Sector de Turismo da CMS | tel.: 282 440 800 | email: turismo@cm-silves.pt,
+ SOBRE A FORTALEZA DE ARMAÇÃO DE PÊRA
Edificada por determinação do capitão lacobrigense João Galego (c.1610 - 1680), a Fortaleza de Santo António da Pedra da Galé terá ficado concluída em 1667, cronologia que ostenta na pedra de armas. O seu construtor fora capitão da Companhia dos Mareantes em Vila Nova de Portimão de onde transitou, 21/04/1660 para o forte de Santo António, situado junto à armação da Pedra da Galé. Quer a fortaleza quer a ermida foram construídas a suas expensas. Exerceu o cargo até ao seu falecimento, sendo substituído pelo filho e mais tarde pelo neto, todos de nome João Galego.
A fortificação tinha por objetivo proporcionar a proteção, contra os ataques de corsários, às povoações de Alcantarilha e Pêra, bem como às armações de atum que eram lançadas na baía.
De planta poligonal (39 m de largura e 40 m de comprimento) a fortaleza foi construída com blocos de rocha calcária de média dimensão, mal aparelhados e ligados por argamassa de cal e areia. Estava protegida por dois baluartes virados a terra, já fisicamente e da memória coletiva desaparecidos, mas cujos embasamentos foram encontrados, em 2009, no âmbito de trabalhos arqueológicos. Em forma de proa, os baluartes, guarneciam a entrada, encimada por um pórtico de arco de volta perfeita. A defesa da entrada seria complementada por um hipotético fosso, que se transporia através de uma ponte levadiça.
O tsunami que se seguiu ao sismo de 1755, não só ceifou a vida a mais de 80 armacenenses como devastou profundamente a fortaleza e a ermida. Pouco depois reedificadas, a ermida com 32 m2, apresenta nave única e planta retangular, com portal de verga reta e singelo campanário, consagrada a Santo António é também denominada por Nossa Senhora dos Aflitos.
São conhecidas várias plantas da fortaleza, a mais antiga é da autoria de José Sande de Vasconcelos e remonta à segunda metade do século XVIII. Curiosamente, ao longo dos tempos, os registos gráficos assumem configurações algo distintas para a área da praça de armas e para os baluartes.
A segurança proporcionada pela fortificação levou à fixação dos pescadores no local e com eles o crescimento do aglomerado urbano, que seria elevado a freguesia em 1933. Se por um lado o recinto viria a perder a função defensiva, por outro nele esteve sedeada a Guarda Fiscal e a GNR até à inauguração do novo quartel, já no século XXI.
O monumento foi classificado como Imóvel de Interesse Público a 12 de setembro de 1978, tendo ao longo dos últimos séculos, sofrido diversas obras de conservação. Na década de 1960 e face a grandes desmoronamentos, provocados pela forte agitação marítima, nomeadamente em 1963 e 1968, a DGEMN procedeu à sua reconstrução. Posteriormente, em 1977, foi a capela intervencionada. Mais recentemente em 2013 incidiram trabalhos de restauro e consolidação no arco e paredes adjacentes.
Núcleo genético da vila, a fortaleza concluída há 350 anos, continua a ser o símbolo da vila de Armação de Pêra.
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