Momento histórico de assinatura do contrato de financiamento do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda, ontem, no Centro de Artes de Águeda
“Este é um momento histórico. Estamos a dar mais um passo em direção ao sonho, passos absolutamente determinantes, que nunca tinham sido dados, para que a obra seja feita”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, ontem, durante a cerimónia de assinatura do contrato de financiamento do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda. A sessão, que decorreu no Centro de Artes de Águeda, contou com a presença do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos; da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa; da presidente da CCDRC, Isabel Damasceno; do presidente da Estrutura de Missão do PRR, Fernando Alfaiate; e do Presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, parceiro nesta intervenção.
Este contrato formaliza o apoio de 40 milhões de euros para construir a ligação rodoviária, em perfil de autoestrada, entre Águeda e Aveiro, financiada em 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que aponta a sua conclusão até 2026. Terá 14 quilómetros, permitindo encurtar em 40% o percurso atual e em 65% a duração, ligando os dois municípios num trajeto que passará a fazer-se em 10 minutos.
Apesar de um “passo essencial” para concretizar este “sonho de gerações de políticos, de uma obra reivindicada pelo Município, por Águeda, pelos aguedenses e pela região”, Jorge Almeida salientou que “até a obra estar feita, falta fazer”. Alertou para os prazos apertados exigidos pelo PRR, com a certeza, porém, de que os parceiros envolvidos estão determinados em concluir a obra.
Neste “momento importante”, o Edil aguedense lembrou o processo de luta, a par com Aveiro, para que a ligação fosse contemplada nas opções de investimento do Governo, do qual o Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, foi “pedra chave”. Jorge Almeida recordou este processo teve início em reuniões com o ministro em que ambos os autarcas se posicionaram de uma forma unida, alinhando-se como “parte da solução”, solicitando o apoio do Governo para que a obra se realizasse. “Saímos dali com a certeza de que a ligação Águeda-Aveiro seria feita; estamos a assinar um contrato, mas antes tínhamos um acordo, firmado entre o Estado, através do IP, e as câmaras em que dividiríamos a despesa”, pelo que “a determinação de fazermos a obra já estava consolidada”.
“Costuma-se dizer que os tempos de dificuldades são de crescimento e oportunidades. Houve esta oportunidade do PRR. Muito obrigado senhor ministro pela teimosia quando Bruxelas dizia que não havia mais dinheiro para estas obras. Hoje, aqui, não tenho a mínima dúvida de que vamos conseguir fazer esta estrada”, disse Jorge Almeida.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação declarou o “orgulho pessoal” de “partilhar este momento histórico tão importante para a nossa região e para estes dois concelhos” e que “faz justiça às populações desta região”, num investimento que vai “desbloquear um nó num dos eixos mais dinâmicos do país, o eixo económico Aveiro-Águeda”. Considerando que “nenhum investimento privado floresce se não é acompanhado de investimento público”, o governante apontou este eixo rodoviário como um exemplo de “um investimento público que beneficia a economia como um todo, as famílias, as empresas, o setor privado”.
Pedro Nuno Santos salientou que “este é um investimento histórico” que “enche-nos, não só às populações de Águeda e de Aveiro, da região e a todo o país de um grande orgulho, porque crescemos a ouvir a exigência desta ligação, sem que, governo após governo”, das várias cores partidárias, fosse feita. “Não estamos a dar nada nem a fazer um favor a ninguém; o que estamos a fazer, as duas autarquias e o governo, é justiça a um povo que dá um contributo extraordinário ao desenvolvimento económico do país”, disse.
Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, salientou, no seu discurso, a importância desta obra para o território e lembrou os contratos recentes, também no âmbito do PRR, da Área de Acolhimento Empresarial, que “foi a maior e melhor candidatura nacional” e da ligação do Parque Empresarial do Casarão ao IC2, um investimento também “estruturante”. Nestes três projetos, “estamos a falar de 66 milhões de euros a serem investidos neste território”, frisou, apontando que “este dia simboliza o início de muito trabalho”.
Também Isabel Damasceno, Presidente da CCDRC, lembrou a “reivindicação antiga” da população e empresários desta região por esta estrada, frisando que o contrato que assina com as Câmaras de Águeda e de Aveiro é um “passo importante para a região centro”, uma “obra de uma dimensão extraordinária” que vai beneficiar toda a região e o país.
Ribau Esteves, Presidente da Câmara de Aveiro, frisou que “este, hoje, é um momento da maior importância”, porque formaliza “o compromisso político que nos permitiu ter já muito trabalho em curso, envolvendo as equipas técnicas das câmaras de Aveiro e de Águeda e das Infraestruturas de Portugal”. Salientando que neste processo foi seguido “o caminho da construção”, defendeu que “a alegria de hoje serve para alimentarmos a forte determinação de prosseguirmos este caminho para concretizarmos um investimento muito importante para a região de Aveiro”.
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