A Batalha de Berlim: abril de 1945 – O Exército Vermelho toma os restos de Berlim. A sombra funesta do comunismo se apossa da Alemanha Oriental e ameaçará o Ocidente durante décadas.
A invasão da Ucrânia ordenada pelo ditador Putin se prolonga, ninguém sabe como e quando terminará, nem quem sairá vitorioso; muitos torcem para que haja um acordo de paz. A esse propósito, segue excerto de um artigo de Plinio Corrêa de Oliveira nas páginas de “O Legionário”, de 5-1-1941, redigido em plena Segunda Guerra Mundial.
- Plinio Corrêa de Oliveira
Toda vitória que represente não apenas o triunfo de um país, mas de uma ideologia, não somente de um povo, mas de uma filosofia, evidentemente será uma derrota dos católicos, desde que essa ideologia teológica ou filosófica não seja a da Igreja.
Assim, qualquer paz que signifique o franqueamento de todas as fronteiras à dissolução de doutrinas que são contrárias às de Jesus Cristo, será por certo uma paz que um católico não pode desejar.
Exemplifiquemos com a Rússia. De um momento para outro, pode este país entrar em guerra. Suponhamos que o curso dos acontecimentos internacionais fosse tal que a vitória da Rússia representasse não somente a vitória de um grupo de potências às quais ela estivesse aliada, mas a vitória única e exclusiva da URSS sobre todos os beligerantes, de sorte que ela, ao vencer, se tornasse igualmente senhora dos vencidos e dos seus próprios aliados.
Quem ousaria afirmar que tal desfecho não seria soberanamente perigoso para os interesses das almas? Quem ousaria negar que a paz estabelecida por meio do triunfo do governo soviético seria uma paz contrária à Igreja, a consumação da derrota da justiça, a abominação da desolação?
Não se pretenda, pois, que não pode haver interesse da Igreja em jogo em um conflito internacional qualquer. Pelo contrário, tais interesses podem existir, e apresentar caráter de rara relevância.
ABIM
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