quarta-feira, 20 de julho de 2022

Cinco milhões de euros para estudar o risco de doenças associadas à degradação dos ecossistemas ribeirinhos urbanos

 

Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC) lidera um consórcio que acaba de obter um financiamento de cinco milhões de euros, do programa europeu “Horizon Europe”, para estudar a relação entre a saúde humana e a saúde dos ecossistemas aquáticos em contextos urbanos.

O financiamento agora obtido destina-se ao projeto de investigação “OneAquaHealth - Protecting urban aquatic ecosystems to promote One Health”. Ao longo dos próximos quatro anos, o consórcio, que reúne 13 parceiros de 10 países – além de Portugal, participam Espanha, França, Itália, Áustria, Suíça, Bélgica, Noruega, Grécia e Israel –, vai estudar a ligação entre a saúde dos ecossistemas aquáticos urbanos e a saúde humana.

A líder do consórcio, Maria João Feio, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), explica que o objetivo do projeto é «demonstrar que a saúde dos ecossistemas de água doce e a saúde e o bem-estar humano em contextos urbanos estão altamente interligados, e que a melhoria de um resulta na melhoria do outro».

Para isso, destaca a investigadora da FCTUC, o OneAquaHealth pretende «selecionar os melhores indicadores que possam avaliar esse equilíbrio e o risco de doenças associadas à degradação dos ecossistemas ribeirinhos urbanos e da sua fauna e flora», acrescentando que o projeto visa ainda «fornecer ferramentas que permitam estabelecer as decisões mais adequadas e oportunas com base em alertas precoces e as melhores formas de gerir os ecossistemas aquáticos urbanos no contexto da saúde global nas cidades e das alterações climáticas».

Este consórcio assume um caráter interdisciplinar, juntando empresas, universidades e centros de investigação nas áreas da ecologia, saúde humana, veterinária, ciências sociais, comunicação, informática e artes. Em Portugal, a empresa parceira é a SHINE2Europe.

Cristina Pinto

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