O Litoral Centro (Diário Online com mais de 4328524 total de visualizações de página) deslocou-se até à Freguesia da Carrapichana, com o propósito de fazer uma reportagem ao XIV Festival do Borrego Serra da Estrela Dop de acordo com o folheto distribuído que decorre nos dias 15 e 16 de Outubro, Concelho de Celorico da Beira.
A Semana Gastronómica do Borrego (Raça Bordaleira) vai decorrer entre os dias 17 e 23 de Outubro pelos restaurante aderentes do Concelho.
Aconselha-se a reserva antecipada em todos os restaurantes através do contacto telefónico. Mais informações através do site www.cm-celoricodabeira.pt
Tivemos a oportunidade de provar o famoso borrego grelhado, no restaurante Muralhas de Celoryco (centro de Celorico da Beira c/ contactos 271 748 033 / 910 174 333) estava uma especialidade. Recomenda-se.
Não foi possível assistir à abertura do Festival do Borrego na Carrapichana por motivos de outros compromissos. Prometemos voltar.
Joaquim Carlos
Director do Litoral Centro
Edifício da Junta de Freguesia da Carrapichana
Festividades
Festa de Sto. António (primeira quinzena de Agosto)
Feiras
Anual
- Feira de Gado (última quinzena de Setembro e
primeira
quinzena de Outubro)
Quinzenal - Domingo
O mercado
quinzenal, que já fora também mensal, terá sido de iniciativa
pombalina.
Património
Instalações
da Feira
Igreja Matriz
Sepulturas "Cavadas''
(Moitas/Cabrieira)
Infra-estruturas
educativas:
Escola Primária da Carrapichana
Jardim de
Infância da Carrapichana
Pólo de Ensino Especial
Infra-estruturas
de saúde
Depósito de medicamentos
Infra-estruturas
sociais desportivas e culturais
Sede de Junta de
Freguesia
Centro de Dia
Posto de Correios
Comissão de
Melhoramentos da Carrapichana
Campo de Futebol
População: 208
Dista da Sede de Concelho: 13 km
Área: 596 ha
Notas Históricas
A sul de Celorico da Beira, a 13 km na estrada da Beira (EN-17), fica a Carrapichana, que se espraia pela mesma estrada, deixando no centro um espaço destinado ao mercado.
Situada num dos extremos do concelho, a Carrapichana confronta com Linhares e Mesquitela no concelho de Celorico e Figueiró da Serra, Vila Cortês da Serra e Vila Ruiva, pertencentes ao concelho de Gouveia.
Servida pela EN-17, tem acessos fáceis para outras localidades como Gouveia, Seia, Celorico, Viseu e Guarda e dali pode também partir-se para grande parte de outras localidades do concelho como Linhares, Assanhas, Prados e Salgueirais, pela EM-555, ou para a Mesquitela pela EM-554.
Sobre a origem do nome diz-se (lenda que talvez nem o chegue a ser!) que se deve a uma mulher particularmente apreciadora do melhor produto da uva. Num tom de escárnio, os seus conterrâneos ao oferecerem-lhe um copo exclamavam: “escorropicha, Ana!”. Com o tempo transformar-se-ia em Carrapichana… Á falta de melhor!
O princípio da fundação da Carrapichana data do século XVIII, sendo pertença de D. João V. Até 1855, pertencia à comarca de Linhares, extinta nessa data. Carrapichana conheceu parte do seu desenvolvimento graças ao mercado que aí se realiza.
Na toponímia da aldeia encontramos muita da sua história. A Rua da Amoreira é assim chamada por causa duma velha árvore deste género que nela existiu até há cerca de 50 anos e que juntamente com outras da mesma espécie, contribuía parar a criação do sirgo, alimentando uma indústria florescente que muito valorizou a região e a obra de Pombal. Tal como esta, outras indústrias que se exerceram nesta região, caíram ao abandono.
Terá existido na Carrapichana um antigo monumento fúnebre (Anta), atribuído aos Celtas. Mas o tempo ou outro factor, foram responsáveis pelo seu desaparecimento.
Porém, nos lugares da
Cabrieiras e Moitas, existem, cavadas nas pedras, duas sepulturas
antigas.
O penedo, Pedra da Escusa, era o lugar onde eram
arrematados os baldios, pertencentes à comarca de Linhares.
Hoje, a Carrapichana é um local conhecido por toda a região pelo importante peso nas transações agrícolas regionais. É neste mercado quinzenal, que grande parte dos negociantes de gado vêm abastecer-se de borregos e pequenos ruminantes.
O queijo, é um outro produto de importância, ali comprado e vendido. Ao nível do queijo, pode mesmo dizer-se que o “Mercado da Carrapichana” é um dos melhores da região, estando em terceiro lugar, logo a seguir aos mercados de Celorico da Beira e Fornos de Algodres. Pode por isso considerar-se o “Mercado da Carrapichana” o pólo dinamizador, em torno do qual gira a comunidade agrícola da freguesia e da região.
Com uma população envelhecida, a freguesia da Carrapichana vê empregar-se as suas gentes principalmente na agricultura e na construção civil.
A economia agrícola da freguesia assenta na exploração de pequenos ruminantes e suas crias, no fabrico de queijo, na produção de batata e na olivicultura, que muito contribui para o tão afamado azeite da região.
Lendas
e tradições
A
mais significativa prende-se com a origem do nome. Constituindo, sem
qualquer dúvida, nome ímpar, Carrapichana, conta a tradição que
deve o seu nome a uma senhora, chamada Ana, figura típica e
conhecida na freguesia e lugares circunvizinhos.
Conhecida pela
sua voz aguda e forte de corpo, não se ficava atrás no que toca a
beber. Sendo grande apreciadora de vinho, devorava de uma vez só,
qualquer copo de vinho que lhe oferecessem.
Ao darem-lhe um copo de vinho a beber, os homens incentivavam-na dizendo:
– Escorropicha esse copo, Ana! ( Escorropicha designa o acto de beber).
Com o correr do tempo a terra passou a designar-se Carrapichana, por via erudita de “Escarrapicha, Ana!”, para designar a terra onde ” Escarrapicha Ana!” um copo de vinho sem parar.
Num prédio da rua da Amoreira, se encontra uma figura de pedra, que o povo chama Carrapichana, mulher que deu o nome à sua terra.
Toponímia
Durante as invasões francesas… segundo o Prof. Ramos de Oliveira.
A Carrapichana foi teatro dum pequeno recontro entre franceses e aliados, quando Massena retirava depois de ter estabelecido o seu quartel-general em Vila Cortês, funcionando o Hospital de sangue na Casa Sequeiras Corte-Reais. Deste combate guarda a tradição um caso que horrorizou o povo, se bem que pertença ao número daqueles que dominam talvez mais a fantasia do que a realidade. Contudo, quando se abriram os alicerces para a casa pertencente a Alfredo Nunes Bento, foram descobertos alguns esqueletos e botões metálicos, pressupondo-se que ali tivessem sido sepultados soldados de Napoleão.
Fonte: Junta de Freguesia da Carrapichana
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