domingo, 16 de outubro de 2022

História de Celorico da Beira e seu Castelo

Celorico da Beira e as Invasões Francesas

No começo do último século voltaria Celorico da Beira a ser teatro de guerra, com as invasões francesas, sofrendo dias angustiantes na retirada dos invasores e sua perseguição pelos exércitos anglo-lusos. Em 1808 estiveram em Celorico as tropas de Loison, que retirava de Lamego. A terceira invasão, que entrou pela Beira, com o sacrifício da praça de Almeida, vítima de uma explosão, passou por Celorico da Beira. Massena ali esteve em Setembro de 1810, ocupando posições das quais desfrutava três meses antes de Wellington. O alto vale do Mondego, até á Guarda, foi sistematicamente ocupado por tropas britânicas e por tropas francesas, que jogaram alternadamente as suas posições,  como se a topografia fosse um tabuleiro de xadrez. Em Março de 1811 esteve Massena mais uma vez em Celorico da Beira. Muitos episódios ficaram gravados na memória dos habitantes desta região, que os transmitiram verbalmente ou por escrito, como aconteceu nos inventários dos bens de algumas igrejas roubadas pelos franceses.


Wellington teve hospitais de sangue em Celorico e na Lageosa, servindo-se para tal das igrejas: na vila, a de Santa Maria (funcionou at6 1818 como hospital) e na Lageosa, a paroquial e uma casa solarenga. Também com os franceses algumas capelas deste concelho serviram de paiol da pólvora, ou de refúgio aos soldados. Em alguns casos, quando se retiraram, faziam-nas explodir, como a de Santo António, em Celorico da Beira, ou incendiavam-nas como a da Senhora da Anunciada, perto da antiga povoação do Curral, actualmente Aldeia da Ribeira. Perto de Fornotelheiro localizam-se cemitérios de guerra dos Franceses e dos Ingleses.

Os historiadores relatam, passo a passo, a retirada das tropas francesas com o avanço dos anglo-lusos.

O Castelo de Celorico, cuja fundação remontará aos séculos XII/XIII, é classificado tipologicamente como sendo um castelo românico-gótico. Possui duas entradas uma a oeste e outra a leste; dois cubelos adossados ao lado Sul da Muralha, um de planta quadrangular irregular e outro de planta trapezoidal irregular e originalmente possuiria uma Torre de Menagem no centro do reduto defensivo, cujos vestígios, todavia, não chegaram até aos nossos dias.

Assim, a Torre que hoje subsiste deverá ser mais tardia e posterior a outra localizada no centro da praça. Quanto à cronologia de ocupação deste espaço não é unânime entre os diversos autores que já escreveram sobre o assunto. Alguns deles referem que, dado o valor estratégico do local, a primeira fortificação de Celorico terá sido um castro proto-histórico, que posteriormente terá sido romanizado.

A teoria da existência de uma ocupação anterior ao período da Idade Média poderá ser corroborada pelo facto de no local existir uma epígrafe votiva de época romana, consagrada a uma divindade pré-romana.




























Texto recolhido do site do município, as fotos são originais, sem tratamento fotográfico, sendo exclusivas do Litoral Centro, podendo ser usadas na condição que seja feita referência da sua fonte.

O cenário da Vila é espectacular, sem igual, não fosse terra portuguesa com uma história riquíssima. 

Mais informações através do site www.cm-celoricodabeira.pt

Joaquim Carlos

Director do Litoral Centro (Diário Online)








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