O presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, informou, esta segunda-feira, 31 de outubro, na reunião ordinária do executivo, que a deslocalização do Monumento ao 18 de janeiro de 1934 vai ser finalizada em breve, estando a decorrer os trabalhos que permitirão inaugurar o novo local.
Há dias, após ouvir a posição de um Movimento Cívico, o presidente da Câmara voltou a ouvir as pessoas envolvidas no processo, apresentou em reunião de Câmara o assunto, e, sem haver qualquer informação que altere a decisão tida há anos, a obra continuará.
Para Aurélio Ferreira “é fundamental que sejamos dignos dos nossos antepassados, conheçamos a nossa história e perpetuemos a memória do movimento operário marinhense em 18 de janeiro de 1934. O monumento deve ser colocado onde melhor represente este desígnio. A vontade do autor do monumento, Mestre Joaquim Correia, era de colocá-lo na “meia-lua”.
Em maio de 2020, o executivo do mandato anterior apresentou um projeto para que se mudasse a localização do monumento para a “meia-lua”. A decisão foi aprovada por unanimidade, sem qualquer discussão. Em abril de 2021, o então executivo adjudicou a realização de réplicas em bronze dos painéis escultóricos em baixo-relevo, restauro de elementos em bronze e montagem final de todos os elementos.
No início deste mandato, em 22 de novembro, apesar do assunto estar decidido e a obra em andamento, “para demonstrar elevação, a transparência e a democraticidade da decisão”, fez-se uma nova discussão em reunião de Câmara. Sem que estivesse agendado o ponto, o presidente colocou a votação a colocação do Monumento ao 18 de janeiro na “meia-lua” e foi aprovado, ficando definido que iria lançar-se a obra de preparação da base de betão para colocar o monumento.
O presidente recordou alguns dos argumentos do autor Joaquim Correia, que fundamentaram a deslocalização do monumento, nomeadamente:
1. O Monumento instalado na “meia-lua”, junto ao Parque Mártires do Colonialismo, torna-o visitável (facilidade das visitas a estudantes, turistas, ou simples passantes), permite a aproximação do monumento para contemplação dos painéis, que contam verdadeiramente a história dos operários vidreiros;
2. A estátua ficaria em frente para a Praça do Vidreiro e não apenas virada para os estabelecimentos comerciais da zona;
3. Ao mudar-se o Monumento, haveria hipótese de se passarem os painéis para bronze, dado que em pedra estariam a desfazer-se (o que está a acontecer). Manifestou este desejo repetidamente a quem com ele privou.
4. A família do mestre Joaquim Correia é perentória quanto a este assunto, confirmando que a deslocalização do monumento para a “meia-lua” era a vontade do artista.
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