Os empresários portugueses dizem que o modelo de semana de quatro dias é apenas benéfico para os trabalhadores, não para as empresas, e temem que a sua adoção possa comprometer a organização na sua competitividade, produtividade e nos lucros.
Estas são as conclusões de um inquérito realizado pela AEP – Associação Empresarial de Portugal aos seus associados, que mostra que 71% dos inquiridos dizem que a semana de trabalho de quatro dias pode ter um impacto “negativo ou muito negativo” para os lucros, 70% para a organização dos processos internos das empresas, 69% alertam para os efeitos a nível da competitividade e 65% para a queda da produtividade, de acordo com o ‘Dinheiro Vivo’.
Para além disso, mais de um terço das 1130 respostas considera ainda que esta medida não beneficia nenhuma das partes, sendo que apenas 10% consideram que a medida pode ser “muito benéfica” tanto para empresas como para trabalhadores.
A maioria dos inquiridos, 77%, considera ainda que “em alternativa ao modelo da semana de quatro dias, seria preferível uma total flexibilidade no modelo a adotar, por acordo entre o trabalhador e a empresas”.
Para o Presidente da AEP, “a médio e longo prazo, a medida será negativa tanto para as empresas como para os trabalhadores. Portugal não está preparado para isso e, a ser adotada, a semana de quatro dias vai no sentido contrário daquilo que o país necessita que é aumentar a produtividade e a competitividade”.
André Manuel Mendes/Executive Digest
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