Continua patente até ao próximo dia 28 de
abril, na Biblioteca Municipal de Cantanhede, a mostra Irmandades
de Enxofães e Murtede. A importância da preservação do seu legado
no enriquecimento da história do concelho.
Com
a curadoria de Fernando António Rodrigues Costa, a exposição
apresenta 29 peças pertencentes às irmandades religiosas, das
localidades de Enxofães e de Murtede, cujo empréstimo temporário
resultou de vários acordos, nomeadamente da Diocese de Coimbra, da
Paróquia de Murtede, da Junta de Freguesia de Murtede, da Fábrica
da Igreja Paroquial da Freguesia de Murtede, da Comissão da Capela
de Enxofães.
Esta
exposição de arte sacra, tem como principal objetivo apelar para a
necessidade da inventariação, preservação e divulgação do muito
espólio histórico, religioso e laico, existente nesta e noutras
freguesias do concelho de Cantanhede, oferecendo ainda a
possibilidade de conhecer este espólio único das Irmandades outrora
existentes em Enxofães e Murtede, particularmente a do Santíssimo
Sacramento (Murtede) e a de
Nossa Senhora do Terço
(Enxofães).
Recorde-se
que as Irmandades eram associações de fiéis constituídas com a
finalidade de praticarem obras de piedade ou caridade e de promoverem
o culto público. Genericamente, foram fundamentais para reforçar os
elos da solidariedade humana e da fraternidade cristã,
principalmente em situações de fome, de doença, de pobreza ou de
cativeiro; bem como o enterramento dos mortos e as orações pela sua
alma.
A
origem das confrarias situa-se,
no continente europeu,
durante a baixa Idade Média. Em Portugal, as primeiras associações
deste tipo surgiram no século XIV, instituídas, normalmente, em
igrejas paroquiais, caracterizando-se por serem, na sua essência, um
movimento laical.
A
Irmandade ou Confraria do Santíssimo constituiu ao longo de cerca de
dois séculos e meio, uma instituição bem representativa da
vitalidade e determinação das gentes de Murtede. A constituição
da confraria verificou-se em outubro de 1755 e a sua extinção em
fevereiro de 1995.
A
Irmandade de Nossa Senhora do Terço, de Enxofães, constiui-se 1875
e teve a sua extinção em 1 de janeiro de 1999.
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