“Responderam que a Segurança Social em Lisboa tem uma empresa contratada para fazer as traduções de documentos, no entanto, essa empresa tem os processos atrasados desde 2018, até chegar ao Manuel vamos lá nós saber quando.” O desespero da senhora de Oliveira de Azeméis era grande quando se dirigiu ao jornal para tornar público o seu caso.
Esta foi a saga do casal de emigrantes que regressou para casa por causa de uma doença incurável do marido. Pretendem o que tem direto, a reforma para ele e o apoio de cuidadora informar para ele. Conforme define a lei.
Razão para não resolver a questão: um documento em alemão que tem que ser traduzido por tradutor oficial. Tarefa a cargo da Segurança Social.
O grave foi saber que para além deste caso há um número indeterminado de cidadãos com as mesmas dificuldades e sofrimento.
As traduções ainda vão nos documentos recebidos em 2018! “Vamos lá saber quando chega a vez do Manuel”, explicaram ao desesperado casal. O caso foi resolvido após notícia no jornal Correio de Azeméis denunciando o incompreensível caso.
Não há como comentar. Os serviços do estado estão devidamente informatizados. A mentalidade burocrática está nas pessoas. Não há sensibilidade para tratar das pessoas, do seu problema. Sentimo-nos um rebanho, onde o nosso problema é só mais um. Que vai para a pilha.
Não culpo os funcionários públicos. Estes fazem a sua função de acordo com as regras.
Venha um governante capaz de dar um murro na mesa e exigir a mudança de atitude de quem manda em cada serviço! Para cada problema de um cidadão tem que haver uma resposta! É um cidadão! Tem deveres e também direitos!
Eduardo Costa, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
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