Esta terça-feira, Mariana Mortágua e Miguel Cardina, cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo distrito de Coimbra às legislativas, participaram numa sessão pública na Junta de Freguesia de Figueiró do Campo, concelho de Soure, com o Movimento contra a Exploração de Caulinos em Soure Norte.
A autorização concedida à Clariant Ibérica Producción, S. A. para pesquisa e prospeção de depósitos minerais de caulino e minerais associados nas freguesias de Alfarelos, Ega, Figueiró do Campo, Granja do Ulmeiro e Vila Nova de Anços, publicada em julho passado no Diário da República, alarmou a população de Soure.
A área de prospeção de 6,18 km2 (618 ha), com vista à exploração de minério a céu aberto, localiza-se próxima de várias localidades e com casas a partir de distâncias tão curtas como 10 metros. Ameaça a contaminação das águas e do ar, pondo em causa o ambiente, a saúde pública e a qualidade de vida das populações, ameaçando igualmente zonas de produção de arroz carolino e o Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho.
A coordenadora do Bloco de Esquerda afirmou que "toda a política ambiental deste Governo é uma promessa de negócio", defendendo que é preciso travar esta forma de fazer política.
Mariana Mortágua questionou ainda a forma como esta prospeção teve luz verde contra a vontade do município e das populações, acrescentando que "Portugal não está à venda. Seremos sempre um país pobre se não nos dermos ao respeito e se não soubermos respeitar o nosso povo, o nosso território, o ambiente e quem aqui vive".
*Comissão Coordenadora Distrital de Coimbra
Bloco de Esquerda
**Fotos: em anexo
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