Julianna Santos e
Nirmal Kulkarni, ambos estudantes no Departamento de Arquitetura
(DARQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra (FCTUC), foram distinguidos com o Prémio Professor José
Galbinski e o IASTE Berkeley Paper Prize, respetivamente.
O artigo
científico “Reinterpretação de Edifícios e Espaços Urbanos,
pelos Azulejos de Delfim Amorim”, de Julianna Santos (em coautoria
com Patrícia Oliveira e Liliana Adrião), premiado durante o V
Seminário Internacional da Academia de Escolas de Arquitetura e
Urbanismo de Língua Portuguesa (AEAULP) - “Proximidades
Distantes”, no Brasil, discute os resultados dos ateliês
realizados nos Cursos de Arquitetura e Urbanismo das faculdades ESUDA
e UNINASSAU, no Recife, com o objetivo de explorar a interseção
entre arte e arquitetura, a reinterpretação de edifícios e dos
espaços urbanos influenciados pelos padrões de azulejos de Delfim
Amorim.
Enfatiza ainda a
ligação entre a arquitetura moderna e a prática arquitetónica
contemporânea, de modo a destacar a continuidade da utilização de
azulejos portugueses re-imaginados por Amorim, arquiteto
luso-brasileiro do século XX, conhecido por influenciar a renovação
da arquitetura portuguesa nos anos 50, e referência para arquitetos
contemporâneos em Portugal e no Brasil.
Já o artigo de
Nirmal Kulkarni, denominado “Dinamics of Homecoming: Socio-spatial
practices defining Hindu religious geographies from Marcel, Goa,
India”, distinguido no Congresso IASTE 2024, na Arábia Saudita,
examina as inusitadas procissões religiosas hindus de “regresso a
casa” e a sua influência temporal no ambiente construído.
Anualmente, as
divindades femininas protetoras de diversas aldeias circulam num
“palkhi” carregado pelos devotos até suas casas. Através de
dois estudos de caso, em Marcel, Goa, a investigação descobre
marcadores cerimoniais ritualísticos e espaços domésticos no
caminho processional, no sentido de chegar a uma interpretação de
“casa”.
O estudo utiliza
o “terceiro espaço” como quadro teórico e tenta abstrair um
quadro conceptual para explorar estes fenómenos. Esta tradição
inventada, não encontrada nas antigas tradições hindus,
transformou-se ao longo do tempo, tornando-se uma prática sócio
espacial anual dinâmica.
*Sara
Machado
Assessora
de Imprensa
Universidade
de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário