Terá lugar no próximo dia 15 de maio, pelas 21h30, na Casa-Museu João de Deus, em SB Messines, a palestra “A longa noite: presos políticos silvenses”. Promovida pelo Município de Silves, no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril, a atividade, guiada pela investigadora Maria João Raminhos Duarte, fecha o ciclo de conferências “A palavra é uma arma”. A entrada é livre.
Quem foram os silvenses que passaram pelos cárceres da ditadura e quais foram as suas histórias, são os factos que darão mote a esta última sessão, num regresso dos “esquecidos”, dos presos políticos, dos assassinados e desaparecidos, imprescindível para que possa haver a reconciliação dos portugueses com a sua História e para cicatrizar, finalmente, as feridas ainda abertas, mediante a assunção dos erros coletivos, alguns deles irreparáveis.
De salientar que muitos foram os silvenses que passaram pelos cárceres da ditadura: Aljube, Caxias, Peniche, as Penitenciárias de Lisboa e do Porto, além do Forte da Trafaria, do estabelecimento prisional de Setúbal, dos calabouços do Governo Civil de Faro e de outros estabelecimentos prisionais locais e regionais de menor importância. Havia ainda o degredo para o Forte de S. João Baptista (em Angra do Heroísmo, nos Açores) e para sinistros campos de concentração, autênticos campos da morte bem longe da Metrópole – Forte Roçadas e Vila Nova de Seles (em Angola), Fortaleza de S. Sebastião (na Ilha de Moçambique), Oecussi (em Timor) e a Colónia Penal do Tarrafal (em Cabo Verde).
Uma iniciativa a não perder, que recordará os silvenses apanhados pela teia da ditadura e que pagaram o preço mais caro pela sua opção política para que hoje se possa viver em liberdade e democracia.
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