Os nossos jovens estão motivados para votarem nas eleições europeias deste domingo, 9 de junho? Ouvimos os jovens a dizer-nos que não conhecem a União Europeia. Não sabem dos benefícios que tivemos com a adesão à então CEE.
Perguntei a um grupo de jovens se sabia que a sua escola havia sido reformada com dinheiros europeus. Não sabiam. Perguntei se sabiam que muitas das residências universitárias foram construídas com fundos europeus. Mostraram espanto. Questionei se sabiam que as empresas em melhor condição técnica, humana e económica que podem garantir o seu emprego se modernizaram com fundos europeus. Não sabiam. Lembrei que uma viagem de automóvel de Porto a Lisboa demorava seis horas sem as autoestradas feitas com fundos europeus. Riram. Questionei se sabiam que uma considerável percentagem dos portugueses tinha frequentado cursos de formação que permitiram que haja mão de obra mais qualificada e, assim, assegurando emprego e viabilizando as empresas. Encolheram os ombros.
Ouvi deles que depois de se licenciarem talvez fossem para algum país europeu para viver e trabalhar. Mas não sabiam que isso só é possível com Portugal a integrar a União Europeia.
Uma coisa lhes dei toda a razão: não são esclarecidos no ensino que frequentam sobre a influência crescente nas nossas vidas das decisões tomadas em Bruxelas. Gostam de ser cidadãos europeus e poderem viajar para qualquer país da UE sem necessidade de passaporte, fronteiras e outras burocracias? Sim, gostamos, mas isso é porque pertencemos à União Europeia?
Não sei se os convenci a votar.
Eduardo Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
Destaque
[Os jovens] não são esclarecidos no ensino que frequentam sobre a influência crescente nas nossas vidas das decisões tomadas em Bruxelas.
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