A Marinha Grande, capital do vidro, quer ser uma referência na reciclagem do vidro a nível nacional, inspirando outros territórios a contribuírem para aumentar a reutilização deste material em Portugal. Para isso, está a ser implementado o projeto piloto “Marinha Grande + Vidro”, que foi apresentado na manhã desta quarta-feira, 5 de junho, no Museu do Vidro, para comemorar o Dia Mundial do Ambiente.
O Município, a Valorlis e a AIVE (Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem), reuniram os seus representantes e convidados, para afirmar o compromisso de promover a sustentabilidade e a economia circular, bem como aumentar a recolha seletiva de resíduos de embalagens de vidro produzidos por estabelecimentos HORECA, para atingir a recolha de 90% das embalagens de vidro colocadas no mercado, para reciclagem, até 2030.
O projeto foi apresentado pelo presidente da Câmara, Aurélio Ferreira; pela administradora delegada da Valorlis, Marta Guerreiro; pela secretária-geral da AIVE, Beatriz Freitas; e pelo presidente da Associação Comercial e Industrial da Marinha Grande, Eduardo Carvalho.
O presidente da Câmara da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, salientou que “estamos muito felizes por juntarmos os diversos parceiros e temos a forte convicção de que, juntos, iremos de forma consolidada caminhar para os objetivos de recolha de vidro a nível nacional”. O autarca acrescentou que “queremos ser uma referência na reciclagem de vidro, para cumprir as metas ambiciosas”.
A administradora delegada da Valorlis, Marta Guerreiro, salientou que “temos de ter como missão, aumentar a reciclagem do vidro e contribuir para alcançar as metas em Portugal”. Para isso, a aposta vai incidir no canal HORECA e/ou nos estabelecimentos com elevada produção de embalagens de vidro", onde há a intenção de “facilitar o trabalho, sensibilizar e responsabilizar”.
A secretária-geral da AIVE, Beatriz Freitas, referiu que "todo o casco de vidro (embalagens de vidro depois de usadas) que os consumidores separarem, para reciclagem, pode ser usado para fabricar novas embalagens de vidro” e evidenciou que a reciclagem do vidro permite reduzir a a utilização de matérias-primas originais e o consumo energético e de emissões de CO2. Sendo Portugal o país da Europa que consome mais bebidas embaladas em vidro no canal HORECA, “a principal oportunidade para aumentar mais rapidamente a taxa de reciclagem, encontra-se neste canal”, acrescentou.
O presidente da ACIMG, Eduardo Carvalho, acredita que esta iniciativa possa ser bem acolhida junto dos comerciantes, uma vez que vai facilitar a recolha das embalagens de vidro.
“Marinha Grande + Vidro” pretende potenciar a quantidade de vidro recolhido, dado que, atualmente, apenas 36% das embalagens de vidro consumidas no canal HORECA é reciclado. O projeto vai instalar 10 vidrões de basculamento assistido, equipados com sensor de enchimento e oferecer 60 contentores verdes de 120 litros, a estabelecimentos aderentes. A recolha vai ser de proximidade, para facilitar o processo de depósito do vidro no ecoponto, com a frequência de recolha ajustada ao nível do enchimento do contentor, em tempo real.
Este projeto é monitorizado pela Plataforma Vidro+, uma iniciativa colaborativa que tem como objetivo criar um compromisso entre os diferentes agentes da cadeia de valor do vidro de embalagem que atuam no mercado nacional e contribuir para alcançar as ambiciosas metas de reciclagem de vidro em Portugal. Pretende-se, assim, potenciar a circularidade deste material de embalagem, com o objetivo de recolher 90% das embalagens de vidro colocadas no mercado até 2030, numa resposta pró-ativa às metas de reciclagem da UE.
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