A exposição "As plantas na obra poética de Luís Vaz de
Camões", criada pela Sociedade Broteriana da Universidade de
Coimbra, com o apoio do Departamento de Ciências da Vida, Centre for
Functional Ecology, estará patente até ao dia 31 de março no
Centro Ciência Viva da Floresta, com entrada totalmente gratuita.
Ana
Margarida Dias da Silva, do Departamento de Ciências da Vida da
Universidade de Coimbra, uma das responsáveis pela execução da
mostra, explica um pouco do processo de criação: “esta exposição
surgiu por iniciativa da Sociedade Broteriana, no âmbito das
comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões.
Tem por base o trabalho de investigação do professor Jorge Paiva,
sobre a identificação de plantas na obra poética de Luís Vaz de
Camões, transformando em exposição algumas das palestras que tem
dado
A
mostra carecia ainda de apoio visual, tendo sido complementada com os
trabalhos de pintura de Ursula Beau. Aquela que foi uma das
promotoras da exposição conta ainda que a ideia era juntar desenhos
para ilustrar melhor os trabalhos. “Depois de feita a pesquisa,
chegámos ao nome de Ursula Beau, que tinha uma coleção de
aguarelas de plantas da Flora Portuguesa, que estão à salvaguarda
da Sociedade Broteriana. Teve de haver uma combinação entre as
plantas que estavam nas obras e as plantas das quais tínhamos
aguarelas”, explica.
Agora
patente no CCVFloresta, em Proença-a-Nova, esta apresentação
começou por estar patente no Departamento de Ciências da Vida da
Universidade de Coimbra, em junho de 2024, tendo já passado por
Alcobaça, Idanha-a-Nova, Covilhã, Ponte de Sor, entre outros
concelhos, bibliotecas e espaços museológicos, tanto em formato
físico como digital.
Com
futuro traçado pelo menos até setembro do presente ano, a
organização permanece aberta a novas propostas aceitando
abordagens, inclusivamente para 2026. “Se continuar a haver
solicitações, não faremos questão de encerrar esta iniciativa”,
aponta Ana Margarida Dias da Silva.
Entre
os autores, além de Ana Margarida Dias da Silva, estão também os
nomes de Maria Teresa Gonçalves e Jorge Paiva, botânico de 91 anos
de idade que se prepara para lançar um novo livro, editado pela
imprensa da universidade, sobre a importância das plantas na obra
poética de Luís Vaz de Camões, ampliando e eternizando assim o seu
contributo nesta área específica.
A
Sociedade Broteriana, autora da exposição, é uma sociedade sem
fins lucrativos cuja missão é promover o interesse pela botânica,
apoiando a investigação científica nesta área através de ações
de educação e de divulgação, como é o caso desta exposição.
Visite o Centro Ciência Viva da Floresta para ficar a conhecer em
detalhe este conjunto de obras.
*Gabriel Reis
Comunicação, Turismo e Eventos

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