sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Moção da ADASCA apresentada na V Convenção Nacional de Dadores de Sangue, Dia 14 de Outubro de 2015



A experiência que me assiste e pelo que me é dado saber, enquanto dador de sangue no activo, e consequentemente como dirigente associativo acerca da existência de duas federações de dadores de sangue, com mais ou menos designações sonantes, aponta para um descrédito total.

Todos sabemos que as federações nunca foram, nem são ou virão ser a solução dos problemas que afectam os dadores de sangue, aconteceu no passado, acontece no presente e vai acontecer no futuro, mas, sim a principal causa do divisionismo doentio que reina no mundo da dádiva de sangue, alimentando as rivalidades entre os dirigentes.

Face ao exposto, como disse acima, na qualidade de dador de sangue individual ainda no activo, Fundador e Presidente da Direcção da ADASCA, como ainda Coordenador desta V Convenção Nacional de Dadores de Sangue, proponho por via desta Moção, ao IPST que deixe de apoiar definitivamente financeiramente as duas federações existentes, passando as mesmas a serem financiadas pelos seus filiados através das cotizações, como manda os bons princípios ou por outros meios que as mesmas venham a encontrar. Uma federação não pode nem deve ser uma força de bloqueio ou entrave nas relações entre as associações, menos ainda entre os dadores de sangue, como se tem vindo a constatar há anos a esta parte.

Acreditamos nós, os presentes nesta 5ª. Convenção Nacional de Dadores de Sangue que o IPST não necessita de estruturas federativas intermédias para aumentar os apoios às associações de dadores, quando o pode fazer através de critérios a definir entre as partes, flexibilizando os termos das candidaturas a apresentar por estas.

O que é que, uma federação faz que a outra não consegue fazer? A seu tempo será proposto à tutela um pedido para que a lei vigente seja revogada nesta área, assim não podemos continuar, é tempo dos dirigentes dialogarem mais uns com os outros, e isso só é possível acabando com os apoios acima referidos, nem sequer o IPT se deve sentir refém das federações mediante as suas imposições ou ultimatos.

Joaquim Carlos
Aveiro, 24 de Outubro de 2015


Moção sujeita a votação: aprovada por unanimidade.

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