Ontem foi o que foi. Hoje é o que é. Ontem pareceu o dia em que Xanana Gusmão veio a Portugal depois de libertado da prisão em Cipinang, Indonésia. Ou o dia em que o Bispo de Díli, Ximenes Belo, veio a Portugal após a ONU e a Indonésia reconhecerem a validade dos números do referendo que expressou claramente a vontade dos timorenses em serem independentes, consequentemente libertados da ditadura assassina de Shuarto, o ditador indonésio.
Ontem o dia não se pareceu nada com o 25 de Abril de 1974, como se ouviu dito por dementes ou aldrabões em rádios e televisões. Era só a seleção nacional de futebol a chegar depois de ter vencido o Euro2016. E isso só contribuiu para a nossa felicidade de momento, não para a nossa libertação. Anteontem e ontem nenhuma ditadura foi derrubada e o orgulho de ser português é o mesmo de há uma semana ou de há um ano, ou de há décadas. Deixem-se de tangas e de malabarismos. Andar pelas ruas com uma bandeiras a saudar Portugal devíamos fazê-lo todos os dias. É a saudação devida à nossa querida Pátria. Pátria traída por traidores do jaez de Passos Coelho, de Cavaco Silva e de outros de trupes cuja pátria é o cifrão. Na política vimos imensos desses, assim como no empresariado, na economia... Pior, porque abrem as portas do país a estrangeiros que nos dominam com a história da pseudo União Europeia ou da globalização. Esses são os traidores que abundam e se apoderaram da política, dos poderes absolutos da economia e finanças. Algo de que estamos a tentar libertar-nos… Mas tal só será possível com um novo 25 de Abril, não com uma taça de campeões europeus de futebol, nem outra taça qualquer.
Os que discordarem desta perspetiva podem então levar a sua taça e arrumá-la lá na sala para adorno. Só isso porque para venderem de nada valerá, nem libertará o povo português da corja de salafrários que o domina dentro e fora das fronteiras.
Tenham um bom dia. Sejam felizes, mesmo de barriga vazia e cheios de dívidas, apesar de conseguirem trabalhar que nem moiros e verem uma miséria de ordenado no final do mês. E os desempregados? E os mais idosos, reformados, que recebem as tais reformas de miséria em contraste com gananciosos que apesar de serem milionários na velhice ainda se choram. Lembremo-nos de Cavaco o o choro por causa da austeridade. Que para ele não foi nada. A gula, a ganância está impregnada naqueles salafrários que se apoderaram do Portugal de Abril. Até isso nos roubaram. Até um dia. Somente até um dia!
E então sim. As gentes, o povo nas ruas, gritará por Portugal e pela liberdade reconquistada. E então sim, as contas serão feitas e a justiça e democracia repostas. Irá cada macaco para o seu galho. Alguns entre grades, se se justificar.
Viva Portugal de Abril! Vivam os portugueses libertos dos salafrários da UE e de outros da mesma estirpe de Durão Barroso, Cavaco, Passos Coelho, Relvas e etc.
Siga para o Expresso Curto e a União Europeia a caminho do nazismo tão impregnado na casa alemã e da Europa Central.
Mário Motta / PG
Bom dia, este é o seu Expresso Curto
João Silvestre – Expresso
Ecofine?
Bom dia,
Hoje é o dia D das sanções com a reunião do Ecofin que vai decidir o destino de Portugal e Espanha. Ontem foi o dia S, de seleção, com a chegada triunfal da equipa portuguesa a Lisboa. O acontecimento foi histórico e, para saber tudo, não perca a edição especial do Expresso que está hoje nas bancas. Tem opiniões exclusivas de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa e toda a análise ao momento histórico do futebol português. Pode ver aqui a primeira página.
Quem não ficou indiferente à euforia foi Mário Centeno. O ministro das Finanças chegou a reunião do Eurogrupo com um cachecol de Portugal. A vitória portuguesa não esfriou, no entanto, o apoio de Paris a Portugal que continua a achar que Portugal não merece sanções.
Hoje é dia de Ecofin. É uma segunda final no espaço de poucos dias. Será que há fine (multa)? A margem parece curta e Centeno já joga na minimização de estragos. É o mesmo que dizer que está a jogar na sanção zero. É uma espécie de jogar na retranca em versão regras orçamentais europeias.
De regresso a Lisboa, a imprensa continua a dar eco à Nação Valente que derrotou a França em Paris com o tiro do improvável Éder que, aos 109 minutos, colocou a bola no fundo das redes. Depois de um dia de euforia, com os jogadores e toda a equipa em tour por Lisboa com direito a passagem pelo Palácio de Belém, o assunto mantém-se nas primeiras páginas dos jornais.
Além da edição especial do Expresso, há também uma edição especial da Visão e as capas dos jornais continuam carregadas de seleção. O Público tem, em grande destaque na primeira página, uma fotografia dos jogadores na Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa e frase de Marcelo Rebelo de Sousa: “Hoje temos mais razões para acreditar em Portugal”. Abordagem semelhante no Diário de Notícias que, sob o título “Histórico regresso a casa dos heróis”, coloca uma imagem da festa dos jogadores. O Correio da Manhã fala em “Heróis de Portugal”, o Jornal de Notícias chama-lhes “Heróis do Povo” e o “i coloca uma fotografia de Marcelo a abraçar Éder enquanto o condecora com uma medalha de papel”. Nos desportivos, claro, o tema só podia ser a seleção. E os títulos sugestivos: “Heróis do mar de gente” (A Bola); “Que loucura” (Recorde); “Campeões do povo” (O jogo).
Já o Jornal de Negócios diz-nos quanto vale o Euro em termos de impacto na economia, na imagem do país e na relação com a Europa. Ontem à tarde, o Económico destava online as conclusões de um estudo da escoIa de marketing IPAM que apontava para umimpacto na ordem dos 160 milhões de euros. O Observador, que apenas tem edição digital, publicava ontem ao final do dia um olhar para o futuro, para o próximo europeu, a tentar adivinhar quais os jogadores que lá vão estar.
Hoje é o dia D das sanções com a reunião do Ecofin que vai decidir o destino de Portugal e Espanha. Ontem foi o dia S, de seleção, com a chegada triunfal da equipa portuguesa a Lisboa. O acontecimento foi histórico e, para saber tudo, não perca a edição especial do Expresso que está hoje nas bancas. Tem opiniões exclusivas de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa e toda a análise ao momento histórico do futebol português. Pode ver aqui a primeira página.
Quem não ficou indiferente à euforia foi Mário Centeno. O ministro das Finanças chegou a reunião do Eurogrupo com um cachecol de Portugal. A vitória portuguesa não esfriou, no entanto, o apoio de Paris a Portugal que continua a achar que Portugal não merece sanções.
Hoje é dia de Ecofin. É uma segunda final no espaço de poucos dias. Será que há fine (multa)? A margem parece curta e Centeno já joga na minimização de estragos. É o mesmo que dizer que está a jogar na sanção zero. É uma espécie de jogar na retranca em versão regras orçamentais europeias.
De regresso a Lisboa, a imprensa continua a dar eco à Nação Valente que derrotou a França em Paris com o tiro do improvável Éder que, aos 109 minutos, colocou a bola no fundo das redes. Depois de um dia de euforia, com os jogadores e toda a equipa em tour por Lisboa com direito a passagem pelo Palácio de Belém, o assunto mantém-se nas primeiras páginas dos jornais.
Além da edição especial do Expresso, há também uma edição especial da Visão e as capas dos jornais continuam carregadas de seleção. O Público tem, em grande destaque na primeira página, uma fotografia dos jogadores na Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa e frase de Marcelo Rebelo de Sousa: “Hoje temos mais razões para acreditar em Portugal”. Abordagem semelhante no Diário de Notícias que, sob o título “Histórico regresso a casa dos heróis”, coloca uma imagem da festa dos jogadores. O Correio da Manhã fala em “Heróis de Portugal”, o Jornal de Notícias chama-lhes “Heróis do Povo” e o “i coloca uma fotografia de Marcelo a abraçar Éder enquanto o condecora com uma medalha de papel”. Nos desportivos, claro, o tema só podia ser a seleção. E os títulos sugestivos: “Heróis do mar de gente” (A Bola); “Que loucura” (Recorde); “Campeões do povo” (O jogo).
Já o Jornal de Negócios diz-nos quanto vale o Euro em termos de impacto na economia, na imagem do país e na relação com a Europa. Ontem à tarde, o Económico destava online as conclusões de um estudo da escoIa de marketing IPAM que apontava para umimpacto na ordem dos 160 milhões de euros. O Observador, que apenas tem edição digital, publicava ontem ao final do dia um olhar para o futuro, para o próximo europeu, a tentar adivinhar quais os jogadores que lá vão estar.
OUTRAS NOTÍCIAS
Cá dentro
Consumo de Ecstasy é cinco vezes maior do que em 2013, titula o DN em manchete. Escreve o diário que o consumo de droga está a aumentar em Lisboa segundo um estudo realizado em 50 cidades europeias a partir de análise aos resíduos encontrados nos esgotos.
O Conselho de Estado reuniu-se ontem à tarde em Belém, depois da passagem da seleção, para debater o Brexit e a atual situação da União Europeia. No comunicado final, divulgado ao início da noite de ontem, pedia uma “contínua reflexão” sobre a Europa.
O preço das casas em Portugal está a subir mas continua abaixo do nível praticado em outros países europeus, o que mantém o imobiliário português atrativo para investidores internacionais.
Já são conhecidos mais detalhes sobre o acidente com o avião C130 da Força Aérea que vitimou três pessoas e fez quatro três feridos (um dos quais em estado grave) ontem ao final da manhã no Montijo. Duas das vítimas mortais – o co-piloto e o mecânico – morreram a tentar salvar o piloto quando a aeronave incendiou na descolagem durante um treino.
Lá fora
Theresa May é a sucessora de David Cameron no número 10 de Downing Street. O The Guardian faz-lhe o filme dos acontecimentos. A The Economist traça-lhe o perfil, num texto onde conta que, ao contrário de Cameron, May andou em escolas públicas - embora tenha estudado em Oxford - e que, tal como a chanceler alemã Angela Merkel, é filha de um pastor religioso. Ser Primeira-ministra do Reino Unido nesta altura é uma tarefa exigente. O The Telegraph dá-nos 5 razões porque a Europa deve 'votar' por May.
Na Venezuela, a situação está cada vez mais à beira do colapso. Este artigo do Financial Times mostra como muitas famílias venezuelanas já são obrigadas a atravessar a fronteira com a Colômbia para conseguir comprar alimentos. Enquanto os venezuelanos sofrem com a crise económica, a Europa e os EUA vivem tempos de dinheiro barato. O Nobel Paul Krugman explica-nos, na sua coluna do The New York Times, o que isso significa.
De Espanha, o El País diz que Mariano Rajoy vai tentar forçar o PSOE a decidir em julho para evitar eleições e também avisa que a banca italiana pode contagiar toda a Europa, com base numa a análise do Fundo Monetário Internacional.
A Securities Exchange Comission (SEC), regulador do mercado de capitais dos EUA, está a investigar se a Tesla violou as regras de mercado ao não prestar informação sobre o acidente fatal envolvendo um carro da empresa auto-conduzido.
FRASES
"Theresa [May] é uma mulher terrivelmente difícil", Kenneth Clarke, deputado conservador e ex-ministro do governo britânico
"Só se houvesse uma maioria qualificada inversa é que podíamos parar a recomendação da Comissão Europeia", Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, a explicar que o mais normal é ter havido aprovação das recomendações da Commissão Europeia na reunião dos ministros das Finanças da zona euro.
O QUE ANDO A LER
Os tempos não estão fáceis para a liberdade de expressão. Na verdade, nunca estiveram. Há quem a tenha e há muitos que não a têm. Além dos países onde os regimes pura e simplesmente não a permitem, há toda uma série de restrições que vão de ameaças,ataques de grupos armados, atentados terroristas e até, no fim da linha, a tão poderosa e castradora auto-censura.
E, infelizmente, nem todos defendem a liberdade de expressão como ela merece. Mesmo entre aqueles que condenam inequivocamente ataques como o do Charlie Hebdo, surgem por vezes vários mas. Uma palavra que irrita profundamente Mick Hume, um jornalista e escritor britânico, que, em “O Direito a Ofender” (publicado recentemente pela Tinta da China), faz uma defesa intransigente da liberdade de expressão e aponta o dedo a todos aqueles que não cedem à tentação de usar a adversativa.
Mick Hume lembra por exemplo as palavras de Salman Rushdie,o homem que teve uma fatwa do Irão por causa dos seus “Versículos Satânicos” e que durante anos se escondeu com o auxílio dos serviços secretos britânicos sob o nome Joseph Anton (os nomes próprios dos seus escritores preferidos: Conrad e Tchékhov): “Assim que alguém diz ‘Sim, sou a favor da liberdade de expressão, mas’ deixo de ouvir.”
O que vale a pena ouvir são os argumentos de Hume numa altura em que as fronteiras das liberdades se têm esbatido e, em nome de interesses ‘maiores’ como a segurança, o politicamente correto ou a convivência pacífica entre os povos, têm sido impostas limitações em todo o mundo. O livro percorre os vários exemplos da “guerra silenciosa contra a liberdade de expressão” nas universidades, na internet ou na televisão e rebate, um por um, os argumentos mais frequentemente usados para restringir o uso desta liberdade.
Tenha um bom dia e não deixe de acompanhar toda a informação noExpresso online e no Expresso Diário às 18 horas. Num dia em que os ecos da festa da seleção ainda se ouvem.
**A festa em imagens. Avenida dos Aliados, no Porto - Foto Ivan Del Val/global Imagens, Jornal de Notícias
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