Cientistas americanos detetaram vestígios de radiação no ADN de bebés nascidos em 2016, resultantes de explosões nucleares ocorridas há mais de 70 anos.
De acordo com um estudo, publicado no Neurobiology of Aging, as explosões nucleares como as que ocorreram em Hiroshima e Nagasaki produziram substâncias radioativas raras na natureza, como o carbono-14, que entram na nossa cadeia alimentar e ficam ligadas às células do nosso corpo, por mais bem cuidado que seja.
Isto significa que todos os sobreviventes destes ataques, tal como todos os que nasceram depois, carregam nos corpos restos radioativos da era nuclear.
A situação não é motivo para pânico, pelo contrário: tanto quanto se sabe, o carbono-14 é inofensivo, e a presença da substância no nosso corpo pode até ajudar a ciência – por exemplo, a prever o progresso de um cancro ou aumentar a compreensão da medicina sobre obesidade e diabetes.
Isto acontece porque cada nova célula do nosso corpo tem um pouco menos de carbono-14 do que a anterior, um declínio totalmente previsível que tem ajudado os cientistas a determinar a idade de uma célula individual.
Estima-se que os vestígios de radiação deixem o nosso planeta, e os nossos corpos, em 2050.
Com isto, a medicina perde uma oportunidade de avançar em pesquisas que utilizem o método, mas nós ganhamos um corpo sem restos radioativos das atrocidades que ocorreram no século passado.
BZR, ZAP / Hypeness
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