O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe marcou presença esta noite na RTP. No 360, o governante considerou que é necessário assumir que a Guiné Equatorial faz parte da CPLP e defendeu que é preciso reformar a ONU. Uma organização que Patrice Trovoada espera ser liderada por António Guterres no futuro.
A Guiné Equatorial já é membro efetivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa desde 2014, mas a pertença continua a ser polémica. Questionado na RTP3 sobre o assunto, o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe considera que essa mesma pergunta prova que o assunto ainda deve ser discutido internamente.
Patrice Trovoada afirma que não é por “falta de vontade” que o ensino do português não avança na Guiné Equatorial, pedindo que “se deixem os clichés” e que se vá “ao fundo da questão”.
“Nós aceitámos a Guiné Equatorial como membro pleno e temos de o assumir. Creio que é preciso falarmos para dar um rumo à CPLP”, pretende. O Governo de São Tomé quer uma CPLP “económica, mais proactiva”. Patrice Trovoada considera que é preciso mais cooperação entre estados e aproveitar melhor as potencialidades de cada um.
“Muitas vezes reagimos em relação a uma questão da CPLP mas por razões internas de cada um dos nossos países. E não pensamos suficientemente na comunidade e nas vantagens que pode trazer para resolver esses mesmos problemas internos”, defende.
Patrice Trovoada afirma que não é por “falta de vontade” que o ensino do português não avança na Guiné Equatorial, pedindo que “se deixem os clichés” e que se vá “ao fundo da questão”.
“Nós aceitámos a Guiné Equatorial como membro pleno e temos de o assumir. Creio que é preciso falarmos para dar um rumo à CPLP”, pretende. O Governo de São Tomé quer uma CPLP “económica, mais proactiva”. Patrice Trovoada considera que é preciso mais cooperação entre estados e aproveitar melhor as potencialidades de cada um.
“Muitas vezes reagimos em relação a uma questão da CPLP mas por razões internas de cada um dos nossos países. E não pensamos suficientemente na comunidade e nas vantagens que pode trazer para resolver esses mesmos problemas internos”, defende.
Guterres e a ONU
O governante, que vai participar na assembleia-geral das Nações Unidas, defende que o Conselho de Segurança deve ser reformado, considerando que a sua não reforma tem consequências que já são vividas atualmente.
Patrice Trovoada menciona a incapacidade de acabar com o conflito sírio, as decisões tomadas em relação à Líbia e aos refugiados.
“É preciso que as Nações Unidas olhem para esses problemas de uma outra maneira. Nós, os países africanos, pensamos que é o momento de avançar com a reforma do Conselho de Segurança, fazer entrar outros países e discutir a questão do veto”, explica.
Patrice Trovoada mantém o apoio à candidatura de António Guterres a secretário-geral. “É uma pessoa excecional” e aquela que “o momento requer” para liderar as Nações Unidas.
Cooperação Portugal – São Tomé
Portugal e São Tomé assinaram na semana passada um novo acordo de cooperação avaliado em 57,5 milhões de euros. Os setores da saúde e da educação são as principais áreas de intervenção.
O primeiro-ministro explicou na RTP que São Tomé e Príncipe beneficia há muitos anos do apoio de Portugal, tentando-se agora ir mais longe. O país pretende ainda, com a ajuda de Portugal, fazer reformas institucionais consideradas necessárias, nomeadamente para reduzir a burocracia.
O chefe do governo local explicou ainda que os dois pilares do desenvolvimento do país são o desenvolvimento do novo porto e do aeroporto, bem como a simplificação dos procedimentos administrativos, de forma a reduzir custos e combater melhor a corrupção.
“Estamos a trabalhar para criar condições para que também as empresas portuguesas possam intervir em São Tomé e Príncipe”, assevera o governante.
Patrice Trovoada mantém a aposta no turismo, querendo também aproveitar a posição geográfica favorável em relação ao Golfo da Guiné.
RTP
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