A coligação liderada pelo Partido Pirata venceu as eleições legislativas na Islândia por uma margem mínima, de acordo com uma sondagem que foi avançada pela televisão estatal, que indica que o partido passa a ser a segunda força política do país.
A coligação liderada pelo Partido Pirata venceu as eleições legislativas na Islândia por uma margem mínima, de acordo com uma sondagem avançada pela televisão estatal, que indica que o partido passa a ser a segunda força política do país.
De acordo com a AFP, que cita as estimativas da televisão pública islandesa RUV, os ‘Piratas’, que encabeçam uma coligação de centro-esquerda, conseguiram eleger 12 deputados para os 63 assentos disponíveis no parlamento da Islândia.
Fundado por ativistas em 2012, o Partido Pirata aliou-se nas eleições legislativas antecipadas de sábado a três outros partidos de esquerda: Esquerda-Verdes, Sociais-Democratas e o Movimento Futuro Brilhante.
A coligação conquistou um total de 32 lugares no Althingi, o parlamento islandês, com o movimento Esquerda-Verdes a eleger 11 deputados, os Sociais-Democratas a conquistar cinco assentos e o Movimento Futuro Brilhante quatro lugares, de acordo com a sondagem da RUV.
Do lado das forças políticas à direita que governam o país desde 2013, o Partido da Independência (conservador), foi o mais votado, tendo conquistado 19 lugares. Já o Partido do Progresso (centro-direita) conquistou seis assentos no parlamento. Juntos conseguiram 25 mandatos, ficando atrás da coligação de esquerda.
Mesmo contando com os lugares conquistados pelo Partido Ressurreição a direita não ultrapassa os 31 deputados.
O presidente chama, tradicionalmente, o partido mais votado a formar Governo. Antes do escrutínio, a coligação de direita disse que esperava conseguir “desviar” um ou dois deputados de outras formações minoritárias que lhe permita atingir uma maioria viável e manter-se no poder.
As eleições legislativas antecipadas foram anunciadas em agosto, na sequência dos escândalos revelados pelo "Papéis do Panamá" que levaram à demissão do primeiro-ministro.
No caso da Islândia, os "Papéis do Panamá" puseram a descoberto situações de evasão fiscal que implicam vários elementos da classe política de Reikjavik.
Sigmundur David Gunnlaugsson foi obrigado a demitir-se em abril mas os restantes membros do Executivo mantiveram-se em funções.
Em junho, as eleições presidenciais deram a vitória a Gudni Johannesson, um político pouco conhecido e que fez campanha contra o sistema, apelando a reformas profundas na Islândia.
Os Papéis do Panamá, mais de 11 milhões de documentos da sociedade de advogados Mossack Fonseca foram divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação e revelam a utilização de paraísos fiscais que escondem os rendimentos de pessoas e empresas de todo mundo.
Lusa / Sapo 24
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