quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Alta pressão na venda do Novo Banco (& na Caixa também)

Enquanto dormia
 
David Dinis, Director do Público
Bom dia!
As Ilhas Jiji respiraram de alíviodepois do forte sismo de ontem à noite, o alerta de tsunami foi retirado.  
A América descobriu um segredo de Nixon: o ex-Presidente tentou boicotar o processo de paz no Vietname, para vencer as eleições de 1968. As notas escritas foram divulgadas pelo The New York Times.
E pelo meio vai descobrindo o novo Presidente: ontem Trump derrotou o próprio partido com dois tweets
A ciência trouxe-nos um alerta: as bebidas dietéticas e sem açúcar não ajudam a perder peso, pelo contrário.
E o F.C. Porto teve uma noite para esquecer: a derrota contra o Moreirense deixou o clube fora da Taça da Liga. E de Nuno Espírito Santo só se ouviu um desabafo, com subentendidos: "Se eu dissesse o que sinto..." 

As notícias do dia  

A venda do Novo Banco está sob alta pressão. O ministro das Finanças diz à TSF e DN que não aceitará propostas que impliquem uma garantia de Estado (o que tira do jogo a proposta do Lone Star), mas não exclui uma nacionalização - avisando de caminho que a decisão que hoje sair do Banco de Portugal ainda tem que passar por ele (pode ver a notícia aqui).
Ao mesmo tempo, Francisco Louçã pediu ao Governo que mantenha o banco público. O conselheiro de Estado escreveu um documento que explica porque as soluções em cima da mesa são "perigosas" para o Estado. A notícia da Cristina Ferreira está aqui, sendo que o artigo de Louçã ajuda a perceber os argumentos.
Complexo? Então junte mais este dado: os representantes da Apollo trazem a Lisboa uma nova proposta, diz o Negócios. E a decisão do Banco de Portugal está aprazada para hoje. 

No que respeita à Caixa, hoje é dia do início da recapitalização, mas também de ouvir António Domingues na Assembleia. Da esquerda à direita, os partidos querem saber coisas muito diferentes (sendo que nós aqui no PÚBLICO só sugerimos estas oito perguntas no Editorial). Uma delas tem a ver com as muitas imparidades que o gestor decretou, até porque as da Caixa estavam em linha com as dos restantes bancos. E o economista Ricardo Cabral acha que essa decisão de Domingues é "inaceitável e perigosa".
Perigosa é a subida dos juros da dívida. A subida rápida da inflação na Alemanha pôs os juros de Portugal sob forte pressão (esta manhã o cenário parece ligeiramente melhor).
Pressão é o que vem aí do PCPA campanha pela saída do euro arranca em Março e será muito parecida com uma campanha eleitoral.
Quem ganhou uma boa notícia foram os autarcasO Governo decidiu dar-lhes 79 milhões de euros, que reclamavam há 12 anos. As verbas chegam agora, em ano de autárquicas.
Alguns autarcas recuperam hoje os tribunais perdidos. Para alguns isso é uma boa notícia, noutro local o problema não parece bem resolvido - como mostram as reportagens do PÚBLICO em Boticas e Sines. Certo é que os funcionários vêm mesmo das autarquias, mas sem acesso ao sistema informático.
Na Saúde, registe o pedido do Conselho de Ética: que os nascidos por PMA devem poder saber a sua “origem parental”
E registe também que está aberto um um inquérito ao Hospital de Famalicão, porque uma mulher esteve seis dias (6!) à espera de uma cama nas urgências. Hoje, o JN dá conta de 11 horas de espera noutras urgências. Mas o ministro diz que, para a época, está tudo a correr "muito bem".

O que realmente correu bem foi o almoço de Ano Novo que Marcelo manteve em segredo. Pelo menos avaliando pela foto que hoje lhe mostramos.

Opinião (para nos pôr a pensar)

Hoje acontece

  • O Banco de Portugal deve tomar uma decisão sobre a venda do Novo Banco, que enviará como recomendação ao Governo. Isto no dia em que António Domingues é ouvido no Parlamento
  • Reabrem os 20 tribunais que tinham sido encerrados há dois anos e meio pelo Governo de Passos Coelho. 
  • O Sporting joga a manutenção na Taça da Liga - e precisa de um empate em Setúbal para seguir em frente. Jesus já disse isto.

Notícias breves, de que vai gostar

Santiago destronou João num país de Marias. Sim, são os nomes mais populares de 2016. E a lista inclui muitos nomes... digamos... diferentes.
Ora veja quem foi mãe aos 50 - pela primeira vez. A criança chama-se Eissa, mas a mamã é bem conhecida.
Resoluções de ano novo? Há uma app para isso (desde que não passe por ser mãe aos 50, claro). Na verdade não é uma, são 12. E algumas vão mesmo dar jeito.
O que também dará jeito, ao logo do dia, é manter à mão é isto. É que hoje é dia de notícias certas e importantes - e nestes dias não há como ter a certeza de a informação que lhe chega é a melhor. 
Daqui segue um abraço, com aquele desejo de sempre: tenha um dia produtivo, mas também feliz.
Até já!

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