sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Houve insubordinação nos comandos? (& o Ípsilon, com Nuno Lopes)

Enquanto dormia
 
David Dinis, Director do Público
Bom dia!
João Sousa qualificou-se para uma final. O tenista português ganhou em dois sets nas meias-finais e vai disputar a vitória no torneio de Auckland, na Nova Zelândia. É ao que se pode chamar um início de ano em grande forma.
O Real Madrid bateu um recordeE vão 40 jogos sem perder
Obama pôs fim a uma excepção de 20 anos: a lei que permitia aos cubanos terem residência nos EUA, mesmo sem terem visto de entradaPelo meio, surpreendeu Joe Biden, dando-lhe a condecoração mais alta do país.
Guterres pediu que não se esperem milagres. Na sua estreia nos grandes palcos internacionais, o português tenta um acordo para a reunificação de Chipre. “É preciso paciência", disse ontem ao fim do dia.
Uma frente fria a caminho: até amanhã, a temperatura vai baixar consideravelmente, avisou o IPMA. 

As notícias do dia 

Os Comandos ignoraram uma ordem para suspender o curso fatal. É a nossa manchete de hoje e conta-nos o depoimento do comandante das Forças Terrestres à investigação sobre as mortes no comando: diz o general Faria Menezes que ordenou a paragem dos exercícios da instrução após a morte de Hugo Abreu. Mas a ordem não foi cumprida. O chefe militar não tirou a conclusão, mas deixou-a clara: houve insubordinação por desobediência. A confirmar-se, dará uma pena pesada.
Uma notícia da última hora: os argelinos que fugiram do aeroporto foram já detidos... na Gare do Oriente.
Portugal só tem um ano para travar Almaraz, o tempo que vai demorar a licença para Espanha viabilizar a construção do armazém para resíduos nucleares. Aqui tem a notícia, com o que tentou Espanha e o que se segue nesta polémica entre vizinhos. Vale a pena saber também que o último incidente grave em Almaraz foi em Julho (e já vão quatro). E que não há qualquer documento que nos diga como Portugal deve reagir em caso de um acidente naquela estrutura. Certo é isto: "O nuclear não pode ser só uma questão nacional", como diz a porta-voz da Greenpeace ao PÚBLICO.
Estamos em tempo de duras batalhas políticas. Aqui vão quatro: 
  1. Os patrões arriscam ficar sem desconto na TSU, devido a uma guerra no Parlamento. A história e as consequências da primeira votação onde o PS pode ficar sozinho está aqui
  2. Outra em curso é pela nacionalização do Novo Banco (ou contra). Passos Coelho rodeou-se de algumas vozes para vincar a sua posição, que divide o seu partido.
  3. Uma que regressa do passadoafinal quem mente sobre a Caixa? Teixeira dos Santos ou Campos e Cunha?
  4. E uma que vem aíPCP e Bloco querem tirar poder aos directores de escolas. O PS espera para ver a discussão pública.
No sector da Saúde, há várias notas a merecer destaque: os atrasos no socorro obrigaram o Governo a alterar as regras do INEM, diz o JN. Os doentes oncológicos vão saber quem tem acesso ao seu processo, conta o DN. E 75% dos médicos admitem sair para o sector privado, contamos nós.
Daqui para a economia, onde a notícia é que Portugal tem a maior lista de paraísos fiscais autorizados. E de onde saem duas notas que servem de alerta: hoje termina o prazo para pagar dívidas à Segurança Social; e que alguns salários podem ter acerto em Fevereiro (por causa da nova retenção do IRS).
E ainda temos a banca, porque a Autoridade Bancária Europeia parece estar preocupada com Isabel dos Santos. E porque o BCP se lança hoje no aumento de capital, com duas promessas a manter na agenda: repor salários e dividendos.
Em paralelo, o jornal digital Eco diz que Miguel Frasquilho pode ser o próximo presidente da CMVM - mas há mais três nomes na shortlist.
Na Cultura, há uma bela notícia (que aqui demos em primeira mão): o velhinho Cinema Batalha vai ser uma espécie de Cinemateca ao serviço do Porto. E há uma notícia de nos fazer sorrir (ou chorar): os painéis de azulejos de Querubim Lapa foram 'doados' à CUF, no meio do negócio para a construção do novo hospital em Alcântara.

Hoje acontece
  • A Moody's deve fazer uma revisão do rating de Portugal (mas a data é meramente indicativa, a confirmar ao longo do dia).  
  • Jerónimo de Sousa vai ao Largo do Rato, para apresentar aos socialistas as duas grandes questões saídas do congresso do PCP: renegociação da dívida e preparação para uma saída do euro.
  • O Ministério da Educação volta a receber os sindicatos de professores, para discutir a revisão do diploma dos concursos.

O Ípsilon, para fechar

Destaca-se a belíssima foto de capa, com Nuno Lopes fechado sobre si próprio. A Noite da Iguana, que estará em cena no dia 18, levou o actor ao limite, como ele próprio explicou ao Gonçalo Frota, numa conversa que se escreve assim: "Lawrence Shannon está a dar cabo de Nuno Lopes". Quanto à peça, é "dura, onerosa e gratificante", uma homenagem à fragilidade dos homens em Tennessee Williams.
Na sétima arte, o Jorge Mourinha fala-nos sobre "um precioso pequeno filme" que é uma bela opção para o fim-de-semana... 
... e na música, o melhor será passar os olhos pelos sucessos e azares dos músicos portugueses, lá na Holanda, onde o Vítor Belanciano está a acompanhar o Eurosonic. E, sim, também há azares.
Há mais para ler, claro: sobre A Morte de Luís XIV, sobre o último livro de Martin Amis ou o novo álbum dos Memória de Peixe, por exemplo. É comprar, ou ir passando por aqui.
Dito isto, despeço-me com aquele abraço. Que tenha um fim-de-semana cheio, alegre e descansado. E uma sexta-feira produtiva, claro. Nós por aqui nos encontraremos, sempre que quiser.
Até já!

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