Enquanto dormia...
Sete pessoas foram detidas ao começo da manhã de hoje em seis raides policiais em Londres e Birmingham. A operação surge na sequência do ataque terrorista de ontem, que provocou quatro mortos e 20 feridos junto ao Parlamento britânico.
Entre os 40 feridos em Londres está um português, Francisco Lopes, de 26 anos. Ficou com dois cortes na perna esquerda e um na mão, foi assistido no hospital e teve alta ao fim do dia. Em declarações ao Observador, manteve a coragem: "Não podemos mostrar medo".
Outro português era casado com uma das vítimas mortais, Aysha Frade. No Observador, já temos um liveblog aberto para seguir este dia pós-atentado. Acompanhe tudo ao minuto aqui.
Do caos e do terror de ontem, saiu uma história que nos conforta: Tobias Ellwood, ministro para a Commonwealth, viu o polícia esfaqueado no chão e ajoelhou-se imediatamente para o ajudar, prestando-lhe os primeiros socorros. No Twitter alguém o chamou, simplesmente, "um homem bom".
Para perceber melhor a enorme confusão do dia:
- Estas fotos mostram as primeiras horas depois do ataque;
- Estes vídeos permitem ver como tudo se passou;
- Estes testemunhos dão detalhes sobre o que aconteceu;
- Estes cartoons de homenagem revelam como o ataque foi sentido em todo o mundo;
- Estas capas dos jornais simbolizam a reação dos britânicos.
Armando Vara esteve quatro horas no parlamento a responder a perguntas dos deputados sobre o seu período na administração da Caixa. Falou sobre o investimento em Vale do Lobo (que está a ser investigado na Operação Marquês), sobre a guerra no BCP e sobre a eventual interferência de Sócrates na gestão do banco público. E comentou uma escuta onde, enquanto era administrador da Caixa, aparecerá a chamar "chefe" ao ex-primeiro-ministro: “Nunca me lembro de ter chamado chefe àquela pessoa em quem está a pensar”.
No final da audição, Vara deixou ainda duas críticas:
- Ao Ministério Público: "Não acha que isso é a inversão do ónus da prova? Então estou ser acusado e eles não têm de provar que há uma relação entre uma coisa e outra?"
- Aos jornalistas: “O que me espanta é uma comunicação social tão apta a fazer questões e a sindicar tudo, não sindique o Ministério Público da mesma maneira”.
Horas antes de Armando Vara, houve debate quinzenal no Parlamento. Primeiro, a temperatura baixou: os ímpetos patrióticos dos deputados criaram unanimidade à volta das críticas a Jeroen Dijsselbloem. Depois, a temperatura subiu: o fecho de balcões da Caixa levou a ataques ao Governo. Mas, como escreve o Vítor Matos na crónica parlamentar, houve uma "tarde de tréguas e um consenso de regime".
Da discussão de ontem no Parlamento sobraram dois temas que mereceram ser verificados nos Fact Checks do Observador:
- A Caixa fechou 109 balcões no tempo de Passos Coelho, como disse Jerónimo de Sousa? (Está certo.)
- A EDP teve uma “borla fiscal” de 174 milhões, como afirmou Assunção Cristas? (Está praticamente certo.)
Afinal, o que muda e o que fica igual nas escolas no próximo ano lectivo? O Ministério da Educação vai definir “matérias essenciais” a ensinar, vai permitir às escolas gerirem 25% do tempo letivo total e vai dar margem aos professores para fundirem disciplinas em algumas matérias ou passarem uma semana a falar de um tema. A Marlene Carriço explica o que aí vem.
O ministro Vieira da Silva apresentou uma nova proposta aos parceiros sociais: vai diminuir os cortes nas pensões antecipadas e os trabalhadores com 48 anos de descontos e 60 anos de idade poderão reformar-se antecipadamente sem penalização.
Os técnicos do Banco de Portugal queriam tirar a idoneidade a Ricardo Salgado em dezembro de 2013, mas a administração de Carlos Costa recusou. A notícia é do Público. Hoje, o governador volta ao Parlamento para falar sobre a resolução do BES.
Haverá mais um arguido no processo dos Comandos: o capitão Rui Monteiro, comandante da companhia em que morreram dois recrutas, é ouvido na segunda-feira pelo Ministério Público. E o diretor do curso, tenente-coronel Mário Maia, será indiciado por mais um crime: insubordinação por desobediência
Ainda sobre o caso Dijsselbloem:
- Juncker defendeu o presidente do Eurogrupo (porque "aquilo que parece ter dito" sobre os países do sul "não reflete o que ele pensa no fundo");
- Schauble também o defendeu (com ironia);
- O presidente do Parlamento Europeu atacou-o;
- E, no Observador, o Edgar Caetano foi lembrar quatro histórias deste politico polémico (e, como bónus, ainda explica como se deve pronunciar "Dijsselbloem").
A nossa Opinião
José Manuel Fernandes escreve o texto "Não há nada como um Dijsselbloem para pôr todos de acordo. Menos eu": "Toda a polémica em torno das palavras desastradas de Dijsselbloem não visam mais do que esconder o que muitos sempre detestaram: que com a solidariedade europeia viessem também deveres e obrigações".
Helena Garrido escreve sobre "as tentações da capitalização da CGD": "As imparidades na CGD criam margem para alguns voltarem a ganhar bom dinheiro à custa dos contribuintes, numa nova ronda de captura de rendas. É preciso estar a atento ao crédito agora desvalorizado".
Paulo Tunhas escreve sobre "Londres e a irrealidade": "O que se sabe de certeza certa é que o canibalismo islamista voltou a atacar. Como sabemos o que vem a seguir: a exibição ritual de piedade genérica e avisos contra a ameaça da 'deriva islamofóbica'".
Maria João Avillez escreve sobre a capital britânica: "Metrópole criativa, oferta cultural imbatível, sede da melhor imprensa do mundo, permanente espectáculo – da rua a Buckingham Palace. Com ou sem Brexit. Diário de uma semana em Londres".
Os nossos Especiais
Se quer ter um casamento louco, eles organizam-no. Pode saltar de uma falésia, pintar uma parede de Lisboa ou entregar ao noivo fotos da noiva em ligas e negligee. Dois wedding planners contaram à Ana França como se organizam casamentos que recebem prémios internacionais.
Notícias surpreendentes
A missão de Rodrigo Meneses é simples: levar grandes restaurantes de todo o país a servir, durante uns dias, em Lisboa e no Porto. Nós agradecemos e o Tiago Pais dá os detalhes aqui.
Se está a precisar de alisar a barriga (não me digam nada...), então vá direto para este artigo da Sílvia Silva. São seis exercícios que ajudam a resolver o problema.
Que tal se está a sentir hoje de manhã? Fresco como uma alface ou pesado como um camião TIR? Não diga, eu já sei a resposta. Se quer passar a acordar com (alguma) energia, use esta calculadora do sono para descobrir a hora exata em que tem de se deitar.
Enquanto não chega a hora de experimentar este calendário, vá passando por aqui, sempre que precisar de saber as últimas notícias.
Até já!
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