domingo, 16 de abril de 2017

Nova corrida, nova viagem




Artigo do informativo de Março da Associação dos Dadores de Sangue do Distrito de Viana do Castelo
Nova corrida, nova viagem
Mês de Março, mais alguns contactos agendamos com dadores, familiares, jovens e vários curiosos desconhecidos, em mais quatro freguesias do interior, junto daqueles que raramente descem ás sedes de Concelho onde em determinadas datas a brigada do nosso hospital faz colheitas.
É um manancial de possíveis dadores que raramente se deslocam dos seus meios rurais, amanhando a terra que lhes dá ou ajuda no sustento dos seus, gente que esta instituição pretendia sensibilizar e mobilizar, mas que foi o projeto ceifado á nascença, quando á anos e já são bastantes a chefe dos serviços da promoção do CST Porto nos começou a fazer boicote, impondo-nos uma fasquia de no mínimo quarenta e cinco dádivas e com datas e horários mais estapafúrdios como em dias de semana e nas horas mais estranhas como por exemplo das 14.00 ás 17.00 ou das 15.00 ás 18.00, o que só demonstrava que a vida agrícola familiar trabalha de sol a sol ( pelo menos neste nosso rincão minhoto) só tendo livre a hora para a missa de sábado ou domingo, e aos poucos se irem mobilizando, criando hábitos de doar. ( mas isto não entendem os funcionários de gabinete).
Nós vamos ao terreno, àquele onde muita gente nem conhecimento tem de como se processa a dádiva de sangue, falamos com essa gente olhos nos olhos sem malabarismos ou engravatado como fossem para congressos de três dias como sendo um congresso partidário com mais de dois milhares de delegados e não meia dúzia de gatos pingados falhados só para pavonear, não aqui todos somos iguais como dizem os romanos (em Roma torna-te Romano) falamos e ouvimos, corrigimos quando é caso disso, informamos e tentamos lançar sementes talvez para um dia com outros responsáveis na promoção do CST Porto podermos colher o fruto do nosso trabalho que acabará por ir beneficiar aqueles doentes que do seu sangue precisam.
Vai levar tempo pois o fruto não aparece de imediato e enquanto o nosso bólide cansado de percorrer tantos quilómetros, nos levar estaremos mensalmente junto desta gente que queremos um dia ter nesta nossa Família de Dadores.
Nas sedes de Concelho ou cidade a situação é mais fácil, todos sabemos isso, e é por isso mesmo que muitos não saem do meio urbano, pois é mais comodo e é outra gente já mais ou menos organizada, mas que com a vida sedenta das férias, pontes, praias e afins deixam ou esquecem-se de doar, possivelmente pensando que os doentes também entram em férias e portanto criam épocas altas de baixas de sangue, quando afinal não existem épocas altas ou baixas, existem sim valores de reservas de sangue que tem que ser mantidos todos os dias do ano, e isso é bom que todos nós e a comunidade em particular metam isso na cabeça , e um dia por ano pelo menos cumpram com este dever de cidadania.
A dádiva de sangue não é obrigatória como alguns falsos samaritanos andam por aí a espalhar, só doa sangue quem pode e tem sentido de solidariedade para com o próximo, mas nunca é demais lembrar que todos precisamos que o sangue esteja disponível nos hospitais para nós, familiares, amigos e todos que recorrem aos serviços hospitalares.
Para isso é necessário doar, não custa nada, o tempo que se perde em espera é mínimo mas bem empregue. O tempo urge e precisa da tua ajuda. Vem Amigo e trás outro.

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