segunda-feira, 26 de junho de 2017

20 anos de prisão para homem que matou em Coimbra quando “ia ver Taça de Portugal”

Palacio
O Tribunal de Coimbra condenou hoje um arguido de 44 anos a 20 anos de prisão por ter matado um homem em maio de 2016 e por tentar tirar a vida a outros dois, irmãos da sua ex-companheira.

Os factos ocorreram em 2016, na Rua do Clube, em Santa Clara, quando condenado, então com 44 anos atacou os 3 indivíduos de 43, 44 e 46 anos, desferindo-lhe diversos golpes, em várias zonas do corpo, que provocaram a morte a um deles.
O homem foi condenado a 20 anos de prisão pela prática de um crime de homicídio qualificado na forma consumada, dois crimes de homicídio qualificado na forma tentada, um crime de ofensa à integridade física e ainda detenção de arma proibida.
Os crimes terão ocorrido após um relacionamento “bastante conflituoso” entre o arguido e os dois irmãos da sua ex-companheira.
O juiz que presidiu ao coletivo do Tribunal de Coimbra, Miguel Veiga, recusou a tese do arguido de que “ia tranquilo na sua vida para ver a final da Taça de Portugal” e que “foi atacado de uma maneira bárbara” e que os incidentes ocorreram para se “defender”.
A situação “não deve ser entendida dessa maneira. Se tivesse que ir ver a final da Taça de Portugal, não precisava de passar ali e, ainda mais, por acaso, com uma navalha de ponta e mola no bolso”, notou Miguel Veiga.
A vítima que morreu, que não era nenhum dos homens com quem o arguido se dava mal, acabou por perder a vida, numa “atitude corajosa e digna”, em que tentou parar o agora condenado de esfaquear os irmãos da sua ex-companheira.
“As duas pessoas que tinha em mente, no momento, matar – e disso o tribunal não tem dúvidas -, foram aquelas que sobreviveram”, frisou o juiz.
Miguel Veiga sustentou ainda a qualificação dos crimes através da utilização da navalha, que considerou um meio “particularmente perigoso”.
A defesa informou os jornalistas que vai apresentar um recurso, sublinhando que o arguido devia ser condenado por crimes simples e não qualificados, e que o homicídio consumado devia ser entendido como uma atuação em legítima defesa.
Segundo o Ministério Público, os crimes terão ocorrido nessa rixa, em Santa Clara, após um relacionamento “bastante conflituoso” entre o arguido e os dois irmãos da sua ex-companheira.
A 22 de maio de 2016, já depois de ter discutido com um dos irmãos da sua ex-companheira, o homem, de 44 anos, utilizando uma navalha, aproximou-se dos irmãos e terá desferido “vários golpes perfurantes em diversas partes do corpo” das duas vítimas, que estavam a acabar trabalhos de limpeza do pátio da sua habitação, com a ajuda de outros três homens.
De seguida, de acordo com o MP, o arguido avançou para um dos homens que tinha ajudado nas limpezas, tendo-lhe espetado “a navalha por duas vezes”, perfurando-lhe o coração.

Fonte: Notícias de Coimbra

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