Catarina Martins defendeu também que o Orçamento do Estado "reponha a progressividade no IRS" e "descongele as carreiras da Função Pública"
EDUARDO COSTA/LUSA |
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, pediu hoje medidas para que o crescimento económico "chegue a todas as pessoas", defendendo "a reconstrução" de "direitos na legislação laboral que permitam a valorização de todos os salários".
"É importantíssimo dar este passo, fazer com que o crescimento económico chegue a todas as pessoas", disse hoje Catarina Martins, em declarações aos jornalistas, durante uma visita à Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira (FACECO), que está a decorrer desde sexta-feira na vila de São Teotónio.
A líder do BE defendeu que "para isso, é necessário reconstruir direitos na legislação laboral que permitam a valorização de todos os salários", não só no setor público, como também no privado.
"Eu acho que a grande responsabilidade que existe agora é que a próxima sessão legislativa consiga a reconstrução dos direitos do trabalho, que permita a valorização de salários no setor privado também", disse, acrescentando que "foi possível acabar com os cortes nos salários que eram inconstitucionais" e que "houve um esforço que foi feito para proteger pensões".
Além disso, Catarina Martins defende que o Orçamento do Estado "reponha a progressividade no IRS" e "descongele as carreiras da Função Pública".
"Façamos o que temos a fazer para descongelar as carreiras da Função Pública no Orçamento do Estado, mas que consigamos também recuperar a legislação laboral para que haja uma verdadeira valorização de salários no setor privado. Isso é essencial para que o crescimento económico chegue a todas as pessoas", reforçou.
O secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, afirmou no sábado que Portugal "vai ter este ano, seguramente, o maior crescimento económico de todo o século XXI" e que o trabalho desenvolvido pelo Governo demonstra que "a mudança está a acontecer".
Para Catarina Martins, este "crescimento económico" confirma aquilo que o BE tem defendido, ou seja, que "era recuperando salários e pensões, dando condições de vida às pessoas, que a economia podia crescer e reagir e por isso era tão importante ter uma política diferente da que foi seguida pela direita ao longo de tanto tempo".
Caso não seja feita a "reconstrução dos direitos laborais", a dirigente do BE acredita que "o crescimento económico (...) não vai reproduzir-se nas famílias".
"Haverá alguns a ficarem com muito dinheiro e outros continuarão exatamente na mesma", apontou.
Fonte: DN
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