quarta-feira, 9 de agosto de 2017

360º - Como o mundo mudou nos 10 anos da crise financeira; a gralha dos três zeros na fortuna de Basílio; e o chumbo e as acusações de Isaltino

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360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... um carro atropelou seis soldados franceses de uma patrulha antiterrorista nos arredores de Paris e pôs-se em fugaDos seis feridos, dois ficaram em estado grave. Há uma operação de perseguição em curso, mas a polícia fala apenas de um acidente.

A escalada de tensão entre os EUA e a Coreia do Norte subiu mais um patamar. Trump ameaçou Kim Jon-un com "fogo e fúria como o mundo nunca viu" depois de se saber queos norte-coreanos já têm capacidade para incorporar a bomba nuclear em mísseis. Pyongyang respondeu com nova ameaça: um ataque à ilha americana de Guam no Pacífico. A CNN já compilou as várias reações às palavras do presidente norte-americano e oWashington Post fala mesmo numa aproximação perigosa à linha vermelha do risco. No The Guardian, analistas dizem que as declarações de Trump são música para os ouvidos de Kim Jon-un.

Outra vez o SIRESP. Segundo a SIC, o contrato do sistema de comunicações de segurança não é fiscalizado há sete anos. Isso mesmo constará do relatório do IGAI, que já está nas mãos da ministra.

Dos jornais da manhã, destaque para o intensificar da guerra entre médicos e governoA intenção de pôr médicos com mais de 55 anos a fazer urgências levou os sindicatos a falar em proposta "ultrajante" e ameaçar novas greves, escreve o Público. No DN e JN (via Dinheiro Vivo) a polémica é sobre o adicional ao IMI ('imposto Mortágua'), já que vários casais estão a reclamar ao Fisco por não terem sido avisados que podiam dividir o património para escapar à nova taxa. Taxa que o PSD anunciou que pretende eliminar. Novamente no Público, a notícia de que o governo vai deixar cair os nomes (polémicos) para a ANACOM.

Outra informação importante 

Há exatamente 10 anos, a 9 de agosto de 2007, o mundo mudou. Era o princípio da crise do subprime, que explodiu um ano depois com a falência do Lehman Brothers. A crise financeira que começou nos EUA e afetou todo o planeta, deixou um rasto que não se apagará tão cedo, recorda o Edgar Caetano. OFinantial Times (acesso pago) faz contas aos custos, o The Telegraph diz que as causas ainda não foram resolvidas.

Primeira grande polémica das autárquicas. No Carpool do Observador em Sintra, Basílio Horta negou veementemente a acusação da candidatura de Marco Almeida de que o seu património tinha aumentado 7 milhões entre 2010 e 2013. Mas as declarações de rendimentos entregues no Tribunal Constitucional confirmam os números. Basílio diz que foi "uma gralha": faltavam três zeros na declaração, em vez de 5,6 mil euros, tinha 5,6 milhões. A fortuna aumentou em 8 anos, segundo ele graças a heranças e negócios da cortiça.

Segunda grande polémica das autárquicas. O Tribunal de Oeiras rejeitou a candidatura de Isaltino Morais, por falta de assinaturasO candidato respondeu insinuando que o seu maior adversário está por detrás da decisão judicial: "Vistas é padrinho de casamento do juiz". Agora tem 48 horas para recorrer.

É histórico: o primeiro pedido para recurso a um barriga de aluguer em Portugal deu ontem entrada depois da aprovação da leiTrata-se de um casal português que vai conhecer a resposta a 8 de setembro.

Marcelo já promulgou a reforma da floresta, mas deixou reparos a todos os diplomas, menos ao do cadastro florestal. O Presidente deu também luz verde às novas regras do branqueamento de capitais

Um drone voltou a causar problemas na aviaçãodois aviões tiveram de abortar a aterragem em Lisboa. É mais um caso que reforça a necessidade de se imporem restrições.

"Quando Maduro ordenar, estarei vestido de soldado para libertar a Venezuela, para lutar contra o imperialismo e contra aqueles que querem apoderar-se das nossas bandeiras, que é o mais sagrado que temos".A frase é de Diego Maradona, o maior dos maiores (opinião própria), mas apenas no futebol. Contra o eterno 10 argentino está (quase todo) o resto do mundo: o último aviso veio de Guterres, quando a ONU fala em torturas com choques elétricos e até violações.



No ciclismo, a Volta a Portugal também falou espanhol: Raúl Alarcón venceu na mítica Sª da Graça, uma subida repleta de doping, rivalidades e empurrões, como recorda o Bruno Vieira Amaral, que esteve lá em reportagem.
 

Os nossos especiais

A história (e a polémica) repete-se todos os anos:  pais que "falsificam moradas" para conseguir lugar para os filhos em escolas de renome. Fala-se em alterar a lei, mas nunca ninguém o fez? E será que alguém pediu? A Marlene Carriço explica.

A nossa opinião

  • Luís Aguiar-Conraria escreve sobre a ASAE: "A ASAE é simplesmente uma palhaçada se não tem instrumentos para lidar com os restaurantes de Lisboa que burlam turistas. Por mim, os clientes devem recusar-se a pagar - eles depois que chamem a ASAE".
  • Maria João Marques escreve sobre uma miscelânea de temas destas férias: "Gabriela Canavilhas é uma política socialista exemplar. Tem arrogância (daquela não proveniente de méritos próprios) em abundância e não percebe patavina da maioria dos assuntos de que debita palavras". 
Notícias surpreendentes
Não se fala noutra coisa por estes dias: esta ventania de agosto é normal? É, mas vai diminuir, descanse. A culpa é de um anticiclone na Irlanda e de uma depressão na Península Ibérica.

Se é um viciado em séries fique a saber que os guionistas usam truques para nos prender ao ecrã temporada atrás de temporada. De "Breaking Bad" a "Dexter", a fórmula é comum. Mas às vezes falha.

O filme sobre Al Berto quer apagar a imagem do poeta maldito. Realizado por Vicente do Ó, conta a história de amor do escritor com o irmão do realizador.

Há quem passe as férias em casa. E é para eles que vai a sugestão de hojechama-se 'Nesting' a tendência que defende tempo de qualidade passado no lar. Por isso, ficam oito dicas para tornar o 'ninho' mais confortável.

Confortável é palavra que não se aplica a quem anda no metro do JapãoApesar de haver wi-fi gratuito em 143 das 282 estações, os telemóveis têm de estar no silêncio ou desligados. E os nove milhões de passageiros andam literalmente como sardinha em lata. Até têm empurradores profissionais.

Já sabe, o Observador está a abarrotar de notícias e boas histórias. Passe por cá

Boa quarta-feira
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