quarta-feira, 9 de agosto de 2017

‘Linha telefônica’ descoberta pela PF ‘complica a vida’ de Gleisi na Lava Jato


Documentação apreendida pela Polícia Federal, envolvem a descoberta de uma linha de celular e um endereço de entrega.

Os desdobramentos das investigações no âmbito da maior operação de combate à corrupção na história contemporânea do país, a Operação Lava Jato, levantou enorme “polêmica” e pode acabar complicando ainda mais a situação da senadora e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann. Durante o mês de fevereiro do ano passado, a Polícia Federal, no âmbito da força-tarefa de investigação de crimes apurados, segundo o conteúdo do acordo de colaboração premiada da empreiteira Odebrecht, tornou possível a apreensão de documentação de extrema importância na residência de uma secretária do setor relacionado às operação estruturadas da maior construtora do Brasil.

Vasta documentação e reunião de provas
As apurações da força-tarefa de investigação pôde verificar a existência de vasta documentação que evidencia, por meio de planilhas encontradas, pagamentos realizados oriundos de propinas, dirigidos em dois montantes que totalizaram cerca de R$ 500 mil cada um deles. O mais intrigante é que eles foram direcionados, de acordo com o conteúdo apresentado nas planilhas e através da delação premiada de ex-empreiteiros da Odebrecht, para uma pessoa de codinome “Coxa”.

Vale ressaltar que segundo os investigadores, esse codinome é atribuído à senadora Gleisi Hoffmann. Além disso, um número de celular e um endereço de entrega foram localizados, de modo que “complica” ainda mais a situação da senadora petista, envolvida nos escândalos de corrupção da Petrobrás.

Com o aprofundamento das investigações, A Polícia Federal pôde identificar que a linha telefônica descoberta, pertencia, de fato, a um dos sócios de uma companhia que teria realizado serviços de propaganda e marketing, durante a última campanha da senadora Gleisi Hoffmann. Além da senadora, o seu esposo Paulo Bernardo, também foi envolvido nas investigações.

A Polícia Federal sustenta que “haveriam elementos considerados suficientes para que pudessem apontar a materialidade, além da autoria de crimes relacionados à lavagem de dinheiro e corrupção passiva qualificada, de modo que tenham sido praticados pela senadora Gleisi Hoffmann, seu esposo Paulo Bernardo da Silva, o então chefe de gabinete da senadora petista, Leones Dall Agnol e também por alguns intermediários no recebimento da propina, como Oliveiros Domingos Marques Neto e Bruno Martins Gonçalves Ferreira”.

A Polícia Federal foi ainda mais longe ao relatar que “os autos comprovariam que tanto a parlamentar, quanto seu esposo, além de Valter Luiz Arruda Lana e Benedicto Barbosa da Silva Júnior, como todos responsáveis pelo cometimento de crime eleitoral”. O relatório da PF foi atribuído nesta segunda-feira (07), no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa de Gleisi Hoffmann afirmou, através de uma nota emitida, que “não haveriam elementos nos autos que pudessem autorizar a conclusão alcançada pela Polícia Federal, já que segundo a defesa, não teriam sido praticadas irregularidades pela senadora”. #Lava Jato

Nenhum comentário:

Postar um comentário